Por Luiz Costa à redação do UàE – 05/12/2017
Hoje (5) ocorreram mobilizações e atos em várias partes do país a fim de impedir a aprovação da Contrarreforma da Previdência. Porém, em diversos lugares, como em Florianópolis, as mobilizações estavam com baixa adesão devido ao cancelamento do chamado de greve nacional feito pela direção da CUT, Força Sindical, CSB, CTB, UGT e NCST.
Na sexta-feira passada (1) centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e estudantis foram surpreendidos pela decisão de recuo dos dirigentes das seis centrais sindicais mencionadas acima sem nenhuma participação da base. A decisão de cancelar a greve prevista para hoje, sob a justificativa banal de que a Reforma não seria votada nesta semana, enfraqueceu as mobilizações que ocorriam em todo país. Apesar disso, em diversos estados ocorreram importantes paralisações, como em Aracaju (SE) e São Luís (MA), que realizaram greves e mobilizações massivas, contrariando a recuada das principais Centrais Sindicais do Brasil.
Traição como essa apenas reforça a política de fracasso visível principalmente na Central Única dos Trabalhadores (CUT) que sucessivamente apunhala a classe trabalhadora encurralando os trabalhadores para o palanque Lula 2018. Há possibilidades de resistência e combate aos ataques para além da via eleitoral, é preciso fortalecer a frente de resistência para impedir que mais uma contrarreforma seja aprovada neste ano.
Florianópolis
Em reunião no dia 1, o Fórum de Lutas em Defesa dos Direitos decidiu apoiar todas as paralisações e realizar um ato público. O ato aconteceu no terminal do centro da cidade (TICEN), a concentração começou às 15 horas. Em solidariedade a paralisação parcial dos trabalhadores do transporte, cerca de 200 pessoas bloquearam a entrada do TICEN. Por volta das 18h o ato encerrou.
UFSC
Ontem a Comissão de Mobilização Unificada da UFSC realizou panfletagem na UFSC. Hoje de manhã TAES, professores e estudantes fizeram um café coletivo no varandão do CCE seguido de uma roda de conversa e algumas atividades culturais.
Votação da proposta
A proposta de contrarreforma da previdência atualmente está na Câmara dos Deputados. Por falta de votos da base do governo Temer, a votação da reforma na Câmara foi adiada. Segundo Beto Mansur (PRB-SP), a proposta deve ser votada no dia 12, terça-feira da semana que vem. A princípio, a votação da proposta só terá início quando governistas contabilizarem 315 a 320 votos a favor da proposta. Na Câmara, a maioria qualificada necessária para votar a Reforma é de 308 votos.
Para o presidente do Senado, Eunício Oliveira, mesmo que a reforma chegue ao Senado, não há mais tempo para concluir ela ainda neste ano, pois se tratando de uma proposta de emenda a constituição é preciso passar por dois turnos de votação, com intervalo de cinco sessões entre os turnos.
Não é hora de fraquejar a mobilização contra esses retrocessos, a luta deve continuar. Para isso, é preciso fortalecer a resistência para construir uma forte mobilização para o dia 12 de dezembro na tentativa de impedir a aprovação da reforma neste ano.
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