Imagem: cartaz de divulgação do vestibular 2018 da UFSC
Clara Fernandez – Redação UàE – 11/12/2017.
Desde o final de semana até hoje, mais de 31 mil estudantes estão prestando prova para entrar na UFSC. Para muitos desses é a primeira e última vez que vão entrar em uma sala de aula dessa Universidade. Outros tantos acreditam que nem poderiam estar aqui e sequer estão tentando passar pela prova. Qualquer pesquisa rápida no google nos lembra da realidade: somente 14% da população brasileira está dentro do Ensino Superior hoje.
Nos deparamos com uma série de jovens nervosos e preocupados, pois esses sabem que existe um peso e uma mudança significativa em sua vida através da possível entrada na Universidade Pública. Ainda que mal saibam o que efetivamente é esta instituição, sua história, seu papel e que tenham uma noção vaga do que podem vir a estudar no curso que escolheram disputar – assim como muitos dos que aqui estão ou já estiveram e continuam não sabendo. O que lhes foi informado é que há uma promessa de mudança, de amadurecimento, de estabilidade, de oportunidades. E em cima dessas promessas nos é apresentado que de alguma forma o vestibular serve para justificar o merecimento de alguns em entrar, quando na verdade é mais um dos instrumentos que “justificam” porque muitos são excluídos.
Mas esse é só o começo de como nos negam a Universidade Pública, a Universidade que nasceu do espírito crítico, da capacidade de discutir, questionar, de pensar as grandes questões da nossa realidade. A Universidade que nasceu como instituição que de fato pode trazer o novo à tona nos é roubada cotidianamente. Não é a toa que inúmeros jovens tem ataques de ansiedade, insegurança e se cobram um alto padrão de desempenho antes mesmo de aqui entrar. Há aí a ideia de que no Brasil de 13 milhões de desempregados, da reforma trabalhista, da tentativa latente de acabar até mesmo com a aposentadoria, de que neste país, o ensino superior te garante empregabilidade e boa remuneração. Em nome disso, ouvimos do inicio ao fim de nossa formação que precisamos ser subvernientes aos interesses do “mercado de trabalho”. E ainda há os que cinicamente ousam nos dizer que a ansiedade pela entrada na Universidade deve ser substituída por trabalho gratuito para alguém que admire.
Podemos perder todos os recursos de pesquisa, podemos ter a inserção de cobrança de mensalidades, podemos ter aulas em prédios onde lâmpadas caem na cabeça de estudantes, só não podemos questionar a grande palavra do capital: Universidade é para formação profissional, nada mais! Os estudantes que tem a sorte de aqui entrar, são aguardados por “mestres” e colegas que não esperam deles nada além de passar por essa instituição e baixar a cabeça ao que está dado, inclusive para a destruição desta instituição tal como a conhecemos hoje.
E assim seguimos, em nome da mentira da empregabilidade, os currículos dos cursos se voltam para a formação de “lideranças” e “empreendedores” e é em nome disso que vemos colegas e amigos com potencial incrível reciclando patente tecnológica, como se isto fosse inovação. E, ainda mais grave, acreditando que capacidade inventiva e vontade de mudança são habilidades pessoais que precisamos vender. Quando foi que começamos a achar normal que nossas habilidades fossem mensuradas para sermos percebidos aos outros como mercadoria? Que nos adaptamos à ideia de que nossas vidas sejam transformadas em negócios inclusive no âmbito educacional? Quando foi que nos deixaram acreditar que nossos princípios cabem dentro de slogans?
E se pudéssemos voltar a imaginar a universidade como uma experiência transformadora? Como um lugar de ousadia do pensamento, onde as ideias e experiências mais avançadas impulsionam a sociedade? Busquemos os exemplos na história, ainda que esta também nos seja sistematicamente negada.
O injusto sistema reside desde o vestibular à deplorável situação política do país, mas para aqueles que hoje estão se preparando para aqui entrar, ficando dentro ou fora dessa instituição: não percam a capacidade de questionar estas injustiças, este é um dos principais exercícios educativos que podemos realizar por nós mesmos.
Opinião fraca, ideologicamente motivada e desconectada da realidade.
Um dos principais motivos que levam as pessoas a trabalharem duro é serem recompensado por isso, poder dar uma vida melhor para sua prole e ter uma vida mais confortável, alias, as pessoas que revolucionaram o mundo moderno como Steve Jobs, Bill Gates, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg fizeram apenas visando seus próprios interesses, e não ha absolutamente nada de errado nisso, ir contra isso é ter uma visão medíocre do sucesso.
Convido a todos a deixarem seus preconceitos e dogmas de lado e terem uma mente mais aberta do sucesso, prosperidade e do empreendedorismo, essa é a unica forma de gerar riqueza e acabar com a pobreza no nosso pais como acontece aqui nos Canada, não ha outra alternativa, onde dentro das universidade existem departamentos de grandes.