Enquanto na UFSC a disputa sobre uma universidade pública que não se prostitua e nem seja parasitada cada vez mais pelo setor privado se acirra, o diretório central dos estudantes segue sendo covarde e imóvel!
Na pauta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), a qual temos lutado ferrenhamente contra já tem bons anos, tudo que o DCE fez foram postagens no facebook e falas em espaços fechados a respeito de seu “posicionamento” sobre o tema. Fora isso, não esteve presente nos espaços de formação, mobilização e muito menos nas ruas, levando sua bandeira e mostrando que a entidade está presente e pautando o tema da privatização dentro dos espaços públicos. Ao invés disso, a prática do DCE foi outra: solicitar uma cadeira discente exclusivamente para eles na comissão da EBSERH direto para a reitoria, passando por cima de um Conselho de Entidades de Base (CEB) onde foram ELEITOS dois nomes para ocupar estas vagas. Inconformados, ficaram como ouvintes. Por que será que se preferiu esta via que não a do debate? Por que preferiram pedir para reitoria ao invés de dialogar com estes representantes, pelo menos?
Até então, esta é a prática do DCE: a prática do consenso e a ocultação das divergências. A mesma prática que orienta a formação empreendedora atual e que tenta unir o público e o privado, amarrando-os através da “responsabilidade social” e do “dinamismo”, onde se pode prosperar tanto o mundo dos negócios como o mundo do público. A mesma prática que orienta a política atual, tão critica da em Junho: a prática do gabinete, dos acordos eleitoreiros por fora, pensando apenas em ter votos. Seguindo estes (“novos”) rumos, a entidade acaba posicionando-se na forma de um pluralismo eleitoreiro que faz uma gestão na base de uma distorção completa de democracia, entendida como uma distribuição igual entre “os dois lados”, onde “todo mundo sai feliz” e podem viver bem e democraticamente. Onde estão os posicionamentos públicos? Falar onde há consenso é fácil! Mobilizar e polemizar as pautas, mesmo com posicionamentos divergentes, não – no entanto, necessário!
QUEREMOS UM DCE VIVO E VERDADEIRO!