Diferente do que dizem os jornalões do Capital, a aprovação da PEC 55 não vai nos trazer nem mais empregos, nem salários maiores e nem melhores condições de vida, tampouco fará com que os juros exorbitantes praticados pelo banco central baixem ou que o orçamento público se equilibre.
Diferente de tudo o que nos dizem, o congelamento real dos gastos públicos visa justamente a destruição dos direitos conquistados pelos trabalhadores, e é apenas o começo da ofensiva contra a classe trabalhadora, ainda virão por aí a reforma da previdência, e a reforma trabalhista.
Uma reflexão ainda precisa ser feita sobre o porquê da facilidade com que medidas como essa passam. Certamente uma das causas passa pelo desarmamento do sindicalismo praticado durante a última década. Uma cultura política que vai encontrando seu fim enquanto as contradições da sociedade capitalista dependente em que vivemos se evidenciam.
Para os socialistas a tarefa não é fácil. É preciso reorganizar a classe trabalhadora, arma-la para combater os ataques do capital. Só o conjunto dos trabalhadores poderão enfrentar o Capital. É preciso que afastemos as ilusões até hoje propagadas, a luta parlamentar, o judiciário, a conquista da presidência da república. A solução para os nossos problemas não virá daí, senão dos próprios trabalhadores organizados e lutando contra a espoliação praticada agora com mais violência.
Todos à luta, contra o governo Temer, contra o Capital.