Encerramos uma semana intensa na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), última semana das eleições para eleger uma gestão para o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Foi esse o tema que predominou em nosso boletim informativo também.
A chapa que obteve mais votos foi a Chapa 4 – Só a Luta Muda a Vida, com 48,6% dos votos, composta pelas mesmas organizações políticas que compunham a gestão antiga Canto Maior, eleita em 2018, a gestão permaneceu até 2022 adiando as eleições. Até sair o resultado oficial, a Comissão Eleitoral (CE) aguarda para ver se não há recursos sobre a votação.
No total, 3933 estudantes de todos os campi da UFSC votaram. Um número consideravelmente baixo, dado que nas eleições para o DCE de 2018, o total de votos foi de 8204. Isso significa diminuir praticamente a metade do número de estudantes que participam das eleições do DCE.
São dados relevantes para serem acompanhados e analisados de perto, entender seu significado. Diversos questionamentos podem surgir disso: é por conta do final de semestre? Mas essa foi uma decisão tomada pelo Conselho de Entidades de Base (CEB), que decidiu que fosse durante o final de semestre. Foi a composição das chapas? O tempo curto de período eleitoral? Diversos anos sem eleição?
São problemas que o movimento estudantil deverá se debruçar para nadar contra a onda de desmobilização que ronda nossa universidade. Virão ataques e ataques, os quais teremos que enfrentar, com toda certeza. Mas batemos novamente na mesma tecla: isso só pode ser feito com um projeto de Universidade que confronte o da burguesia para nossa instituição. Sem isso, ficamos reagindo, reagindo, reagindo; sem se dar conta de que isso já é perder aos poucos.
Esse debate não foi apresentado pelas chapas durante a campanha. Quando será feito?