[Notícia] Confira a declaração de representantes das chapas que concorrem às eleições do DCE

Daniella Pichetti – Redação UFSCàE – 14/07/2022

Encerram-se hoje as eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Nós do Jornal UFSC à Esquerda acompanhamos os votos parciais durante esses dois dias e conversamos com alguns representantes das chapas que estavam presentes nos Centros de Ensino. O quórum está abaixo do esperado e, de acordo com os resultados parciais, há até o momento um total de 2.810 votos. 

O Jornal entrou em contato com representantes das chapas que circulavam pelo câmpus Trindade e pediu uma declaração sobre como avaliam a participação dos estudantes e o processo eleitoral no geral. 

Ana Carolina, estudante de Serviço Social na UFSC e representante da Chapa 4 “Só a Luta Muda a Vida”, fez referência à baixa participação estudantil:

“Acredito que a movimentação dos estudantes está bem baixa sim, os votos estão bem baixos comparado ao que a gente tinha nas outras eleições. A gente está esperançoso aqui no CSE, fazendo boca de urna, e esperançosos para ver se no noturno a gente consegue mais votos” .

Letícia, estudante de Farmácia na UFSC e representante da Chapa 2 “Pra Mudar o DCE”, abordou as expectativas positivas em relação às eleições: 

“Dando uma declaração sobre esses dois dias de votação, a gente vê a eleição de maneira positiva nesse cenário de mudança, de novos cenários aqui dentro da universidade [… ] mas com uma preocupação de como seria um processo eleitoral tão curto, no final do semestre, então o calendário ficou um pouquinho atrapalhado, dificultando a mobilização dos estudantes, mas a votação no dia de hoje por estar chovendo e por todos os atropelos que aconteceram, tem sido positiva. Temos esperança de uma votação positiva para a chapa e de fato uma construção de mudança e uma nova gestão do DCE”. 

O representante da chapa 3  “É Tudo Pra Ontem”, Matheus Menezes, disse que percorreu alguns centros durante as eleições e manifestou preocupação com o número de estudantes que não estava a par do processo eleitoral e das atribuições do DCE:

“É um debate que está pouco presente na realidade dos cursos. Politicamente existe muito espaço para discussão, foram poucas as vezes nos últimos dias em que estudantes não quiseram falar sobre a entidade. Obviamente que há divergências, muita linha política de uma forma ou de outra, mas um número grande de pessoas que se envolveram com a discussão. É uma lacuna que está dada, mas pode ser preenchida com a mobilização estudantil. Ouso dizer que a maioria dos estudantes quer se envolver com a discussão. Deu pra ver uma vontade bastante grande de se debater problemas fundamentais da universidade, desde problemas estruturais, que a gente diz da permanência estudantil, da moradia, do RU, até problemas pedagógicos da realidade dos cursos e quais relações com o DCE, como o DCE poderia atuar, e também preocupações políticas; num momento como esse de precarização do ensino, cortes, ameaça de golpe, de retirada de direitos, precarização do trabalho dos servidores. No geral, pra gente fica dado que é um cenário muito fértil, no sentido da própria política mesmo, o que fica para o próximo período é uma necessidade bastante grande das chapas, das organizações, de fazer crescer a mobilização em defesa das pautas estudantis, da UFSC e da educação pública. […] A gente teve a felicidade nessa campanha de começar em Florianópolis, é público e notório, e isso foi respondido quando questionado, mas tivemos a capacidade de chegar em todos os outros campi, com apoiadores em Blumenau, Araranguá, Joinville, Aplicação. Fomos procurados por pessoas de diversos campi. Foi clara uma vontade desses outros campi de debater o DCE e esse isolamento que está dado [do DCE] com outros campi. Hoje o DCE representa os estudantes da Trindade, nos outros campi e até no Aplicação o DCE não chega. E os campi têm realidades muito distintas do câmpus Trindade. 

Representantes da chapa 1 não foram encontrados por nós na tarde de hoje pelos Centros de Ensino, dessa forma não conseguimos recolher uma declaração.

O UFSC à Esquerda continuará cobrindo o processo eleitoral até a apuração final dos votos e da posse. Continuem nos acompanhando nas redes!

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