Foto: Acciones del professorado llevan a ministra de educación a abrirse al diálogo con el magisterio por Colégio de Professores
Leila Regina – Redação do UàE – 08/07/2019
A greve dos professores no Chile começou em 03/06 organizados pela Ordem de Professores. A categoria denuncia a precarização e falta de investimentos na educação pública nacional o que vem abrindo caminho para privatização. Além disso, exigem melhores condições trabalhistas e apontam as desigualdades salariais e relação a profissão majoritariamente feminina. A pauta feminista tem sido incorporada desde o movimento das estudantes universitárias por uma educação não-sexista.
Os professores também incorporam em sua pauta a revogação de medida do Ministério da Educação que definiu que disciplinas como História, Artes, Educação física deixarão de ser obrigatórias no currículo do segundo e terceiro ciclo a partir de 2020. Mario Aguliar, presidente da Ordem dos professores destaca que a formação crítica dos alunos está sendo substituída por uma visão empresarial de formação de produtores e consumidores.
A ministra da educação, Marcella Cubillos, tem sido intransigente e não tem negociado com os professores. Raul Figueroa, subsecretário de educação descartou a possibilidade de retomar negociações se a greve continuar. Os professores seguem firmes em seu propósito, garantem haver disposição e flexibilidade para negociação, mas sem parar a Greve que já dura mais de um mês.
Os professores indicaram que poderiam solicitar que o presidente Sebastián Piñera interviesse nas negociações diante da irredutibilidade da ministra, entretanto o presidente declarou que não encabeçara as negociações. O Ministério da Educação segue apostando no desgaste do movimento, fabricando divisionismo e apostando no efeito das férias do meio do ano para desmobilização. Entretanto a verdade é que com a paralisação das negociações a aprovação do governo vem caindo e na última semana houve uma paralisação interna dos funcionário do Ministério da Educação.
Assim, a Ministra indicou que poderá retomar as negociações nesta segunda, dia 08/07. Mario Aguilar declarou que essa mudança de postura é positiva e uma conquista da mobilização dos professores. Seguiremos acompanhando o movimento dos professores no Chile. Os ataques à educação pública tem se colocado como uma pauta comum, e exigirão estratégias organizadas para derrotá-los.
*Foto reprodução de “elDesconcierto” da reunião de 26 de junho entre professores e a Ministra da Educação do Chile.
