[Notícia] Registro da cobertura do 13A em Florianópolis

Foto: UFSC à Esquerda.

Maria Fernandes – Redação UàE – 15/08/2019

O dia 13 de agosto – 13A- foi aprovado como dia nacional de mobilização contra a reforma da previdência, os cortes na educação e o projeto Future-se do MEC. Na UFSC sindicatos dos professores, ANDES e APUFSC, aprovaram a paralisação das atividades neste dia; os trabalhadores vinculados ao SINTUFSC também aprovaram adesão ao movimento em assembleia. Além disso, alguns cursos de graduação e a APG aprovaram paralisação em assembleias próprias.

Na sexta-feira, 09/08, as três categorias em assembleia chamada pela comissão unificada aprovaram um cronograma de mobilização para o dia 13. O UáE acompanhou e cobriu as atividades de mobilização durante todo o dia iniciando na UFSC e finalizando no centro da cidade.

A programação do 13A previa um cronograma com concentração na UFSC já pela manhã, às 7h. O programado era iniciar a panfletagem pelas rótulas da universidade e garantir uma maior adesão da comunidade universitária à paralisação das atividades acadêmicas e aos atos ao longo do dia. Entretanto poucos estavam antes das 7h para essa organização e os panfletos só chegaram perto das 8h30. Dessa forma a panfletagem começou com atraso e com menos possibilidade de fechamento das rótulas do campus trindade. Houve panfletagem também no campus do Itacorubi.

Foto da panfletagem na rótulo da UFSC – campus Trindade durante o 13A
No campus do Itacorubi – UFSC, estudantes do Centro Acadêmico de Agronomia (CAAGRO) distribuem panfletos.

Em alguns cursos da UFSC houve organização estudantil para garantir que não houvesse aula, a exemplo do “trancaço” no curso de arquitetura no período da manhã.

Na Arquitetura e Urbanismo da UFSC, os estudantes se organizaram para fazer um trancaço no prédio, impedindo que aconteçam aulas.

Por volta de 10h30 começou um arrastão pelos centros de ensino chamando para a concentração e atos ao longo do dia. O arrastão saiu da reitoria e foi em direção a Aula organizada pelo CAXIF no CSE, em seguida passou pelo CSE, em frente ao CCE e foi para o labirinto do CCB; entrou no EFI e depois, após uma discussão, foi decidido ir pro CTC.

Início arrastão pelos centros da UFSC chamando para as mobilizações.

A comunidade universitária se concentrou depois do arrastão em frente à reitoria. Houve almoço com pão e linguiça servido pelo SINTUFSC. Alguns produziram cartazes e aguardaram para a saída ao centro em ato que estava prevista para 14h. A previsão é que o ato saído da UFSC fosse se unir a trabalhadores de outras categorias na concentração no centro da cidade marcada para 16h.

Concentração em frente a reitoria UFSC no 13A.
Concentração em frente a reitoria na UFSC

Por volta das 14h representantes de entidades e membros das três categorias iniciaram algumas falas para a comunidade universitária na concentração em frente à reitoria. Após algumas manifestações deliberaram por não sair em ato da trindade, mas manter o IFSC da Rua Mauro Ramos como ponto para de lá fazer uma caminhada até a Catedral, passando pelo Instituto Estadual de Educação.

Apesar disto, parte do movimento manteve a iniciativa de sair em marcha da UFSC e fizeram uma caminhada pela Rua Lauro Linhares até o TITRI. De lá foram de ônibus até o centro. A concentração em frente ao IFSC reuniu muitos estudantes, incluindo secundaristas, e trabalhadores. Ao longo da caminhada receberam apoio de trabalhadores e estudantes pelo caminhando, passando pelo Instituto Estadual de Educação.

Caminhada da UFSC pela Lauro Linhares no 13A.
Concentração no IFSC da Mauro Ramos
Ato da Mauro Ramos em direção a Catedral no 13A

Ao chegaram ao Largo da Catedral se reuniram com trabalhadores e estudantes que já os aguardavam. Cerca de 10mil pessoas seguiram da catedral em ato pelas ruas do centro passando pelas ruas Tenente Silveira e Pedro Ivo até à Paulo Fontes, ao lado do TICEN.

Concentração na Catedral no centro de Florianópolis
Aproximadamente 10 mil pessoas saem da catedral em ato pela Rua Tenente Silveira no 13A.

Partidos e centrais sindicais vinculadas a educação faziam fala nos carros de som. Um dos carros de som fez um retorno na Paulo Fontes para se aproximar do início do ato e nesse momento parte dos manifestantes já tinha seguido em frente em direção ao terminal antigo, dividindo o ato.  O ato finalizou dispersando as pessoas ao lado do TICEN durante as falas das entidades.

Ato chega a Rua Paulo Fontes ao lado do TICEN
Dispersão do ato ao lado TICEN

Apesar da disposição das pessoas para se manifestarem em defesa da educação e aposentadoria, as direções sindicais e partidárias não atuaram de forma a garantir uma mobilização significativa para barrar esses retrocessos. A direção do ato pareceu de fato atuar para dirigi-lo no sentido da dispersão e não da radicalização.

Sem a força nas ruas os ataques serão ainda mais dramáticos.

 

 

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