José Braga – Redação UàE – 26/06/2020
Na tarde de hoje a sessão do conselho universitário foi convocada pela reitoria para debater a retomada das atividades via EaD. O reitor já se posicionou favoravelmente em vídeo divulgado nas redes sociais da Universidade Federal de Santa Catarina. A reitoria apresentará as propostas a partir dos relatórios dos comitês promovidos pela reitoria. A ordem do dia começará com os relatórios e depois irá avaliar as propostas de resoluções para retomada. Acompanhe:
18:02 – Com exceção de algumas falas que realizaram uma crítica mais fundamental a retomada, a maioria dos conselheiros apresentou posições burocráticas e conservadoras. Este debate deveria ser levado mais a fundo tanto no fundamento do ensino a distância/ensino remoto quanto no que concerne a suas consequências nas desigualdades entre estudantes e cursos. Encerramos nossa cobertura por aqui, em breve mais informações
18:00 – O Conselho segue debatendo quem serão os membros da comissão; ao que tudo indica nada mais será decidido na sessão
17:58 – Aprovada a prospota; Conselheiros relatam que queriam falar para discutir a proposta e não foram autorizados
17:57 – 50 votos a favor e 4 contrários até agora
17:53 – Ubaldo: proposta de encaminhamento seria a constituição de uma comissão para elaborar um parecer avaliando a resolução sobre o retorno; tenta indicar que o que a comissão teria que fazer é analisar a coerência entre a proposta de resolução e os relatórios do comitê;
17:51 – O reitor passa as propostas de encaminhamento; a sessão é interrompida por problemas técnicos com os intérpretes
17:49 – Andrey, do Diretório Central dos Estudantes, fala que é preciso dar uma opção dos estudantes trancarem a matrícula sem que implique na perda de bolsas
17:44 – Confira textos de debate sobre a retomada via EaD/Ensino remoto: O que está por trás do EaD nas universidades e no ensino básico
17:39 – Edson De Pieri, diretor do Centro Tecnológico, “A gente vai ter tocar a vida e assim que tem que ser”; defende que se constitua uma comissão;
17:40 – Conselheiro, representante do Centro Tecnológico: “Li com muita atenção a carta de reivindicações do DCE e do TAES – só posso concluir que se nós formos esperar que todas as exigências fossem atendidas, nós não voltaremos às aulas nos próximos 10 anos, e nem deveríamos ter dado aulas nos últimos 10 anos. Então é uma excelência que nós não temos condição de garantir, nem dá… Dentro desse princípio nós temos que evitar que o cancelamento de aulas se torne algo ordinário de reinvidicação junto à universidade”
17:35 – Conselheiro Fabrício do Centro de Ciências da Saúde diz que as críticas feitas até agora são de cunho operacional e que portanto o conselho deveria tomar uma decisão hoje se é favorável a retomar de forma remota; a incapacidade de ouvir ou de interpretar de alguns conselheiros é gritante; um conjunto de críticas de mérito foram realizadas
17:33 – Confira textos de debate sobre a retomada via EaD/Ensino remoto: Anuncia-se o ensino remoto na UFSC
17:30 – Iclícia, conselheira técnica, toma a palavra para defender a luta dos estudantes indígenas; denuncia que os estudantes indígenas na maloca estariam sem luz neste momento (A maloca é uma ocupação que se tornou uma moradia estudantil);
17:28 – O reitor defende que haveria consenso em formar uma comissão para sistematizar as sugestões; ele parece ignorar a fala dos conselheiros que criticaram as prospostas
17:27 – Confira textos de debate sobre a retomada via EaD/Ensino remoto: Qual a saída para volta às aulas?
17:25 – A miséria intelectual é enorme no conselho; Cid Bastos e outros professores querem forçar o ensino remoto e para isso abdicaram de qualquer traço de altivez intelectual que a docência na universidade exige
17:22 – Cid Bastos, pró-reitor de extensão: “nosso aluno nasceu no ano 2000”; “precisamos trazer novas formas de ensino”; e afirma que a UFSC precisa ouvir a sociedade; Tenta rebater as críticas feitas à pesquisa realizada pela UFSC: “Como apresentar um percentual é tendencioso, não consigo entender isso”
17:19 – Conselheiro Márcio, do Centro Tecnológico, defende a retomada e que cada estudante faça suas escolhas; aqueles que não possam não queiram tranquem suas atividades; A fala do conselheiro Eugênio Simão segue na mesma linha, afirma ainda que a única opção é o ensino remoto, fala que tanto estudantes e professores estão perdendo tempo e diz “é proibido proibir aquele estudante que quer terminar seu TCC”
17:17 – Confira textos de debate sobre a retomada via EaD/Ensino remoto: Quem irá bancar à volta às aulas?
17:10 – Conselheira Rosalba, do Centro de Educação, afirma que a UFSC não está parada; a conselheira critica os “arautos do mercado, fora e dentro da UFSC que atacam a universidade” e afirma que “há um conjunto de reflexões conscientes sendo realizados pelos segmentos da UFSC” e ressalta a natureza da Universidade e sua tarefa na produção de conhecimento; afirma que não houve tempo no comitê acadêmico pra discutir as condições de ensino e os prejuízos pedagógicos das atividades remotas; afirma que é importante discutir o que significa o exercício da docência no ensino superior
17:07 – A tosca verborragia liberal de Gabriel coroa um conjunto de falas burocráticas e medíocres da maioria dos conselheiros que defendem o ensino remoto
17:02 – Gabriel, conselheiro da direita estudantil, defendeu o retorno imediato a distância; defende que não seria admissível que os estudantes que tem condições de acesso ficassem impedidos de retomar as atividades por conta dos estudantes que não tem condições; “este combate a desigualdade nivela todos pra baixo”; “os estudantes que não tem pressa que tranquem suas matrículas e não impeçam aqueles que ingressaram na faculdade para obter o diploma”;
16:58 – Miriam, diretora do CFH, defende a capacitação dos professores para o ensino não presencial; a capacitações dos técnicos para o trabalho não presencial; um calendário único da graduação e da pós com “atenção especial para as disciplinas práticas e os estágios que nesse momento deveriam prioritariamente ocorrer de forma não presencial”; dentre outras propostas
16:52 – Paulo Machado, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, defende encaminhar uma comissão para sistematizar as discussões e objetive alterações na resolução com no mínimo mais duas reuniões do conselho para debater e decidir
16:45 – Conselheira Jane defende que se tome encaminhamentos para retomada de alguma maneira das atividades para dar uma “resposta a sociedade”. Jane defende que “não podemos resolver todos os problemas antes de retomar as atividades”
16:38 – Em vários momentos da reunião, enquanto falam os conselheiros, o reitor acompanha seu celular…
16:34 – “A proposição de realização de estágio docência como atendimento técnico aos professores por via remota é absurda” afirma Camilla; ela defende que os estágios não podem ser realizados dessa forma; Camilla questiona as previsões orçamentárias mínimas para as atividades remotas, o que não está previsto em nenhum relatório e reafirma a posição contrária de retomada de atividades curriculares obrigatórias a distância
16:30 – Conselheira Camilla afirma que se há tantas falas trazendo questões é porque elas não puderam ser ouvidas antes, criticando as tentativas de encaminhar sem debate; Camilla discute as atividades pedagógicas remotas, defende que é necessário debater as atividades a distância a fundo antes de discutir ponto a ponto o relatório. “A gente não pode ignorar que uma geração de estudantes terá uma formação mais precária”; defende que é preciso cuidar para que não se ampliem as desigualdades entre estudantes e entre os cursos e que uma proposta que precisa ser discutida seriamente é a realização de atividades não obrigatórias de modo remoto;
16:28 – Conselheiro Daniel afirma que o frente os limites orçamentários impostos pelos cortes o conselho universitário deveria debater quais são as prioridades; defende algumas modificações nas resoluções
16:20 – Docentes publicam manifesto contra o ensino remoto: “A educação e a formação humana são aspectos que demandam relação interpessoal e coletiva, apropriação ativa e criativa de saberes universais, imersão em processos de estudo e construção do conhecimento histórico e social. O processo de ensino e aprendizagem supõe práticas sistemáticas, regulares, planejadas, diz respeito à relação entre sujeitos e objetos, sujeitos e fenômenos, sujeitos e sujeitos, implica uma atividade comum, colaborativa entre professor e alunos. A educação – processo pelo qual nos tornamos humanos – depende da ação coletiva, da vida social, da interação humana”
16:18 – Lista das observações do conselho de unidade do CED:
“1. Suporte da administração central para atendimento das recomendações dos subcomitês;
2. Apresentação da situação orçamentária atual da UFSC à comunidade universitária;
3. Detalhamento das “responsabilidades da UFSC”, previstas no Art. 4º da Minuta apresentada pelo Subcomitê Acadêmico, em documentos suplementares;
4. Previsão de orçamento suplementar para garantia das despesas extraordinárias;
5. Previsão de contratação de serviços para “execução” das atividades para retomada de atividades em 1ª ou 2ª fase (transporte, apoio, assistência médica e psicológica, etc.);
6. Desagregar exigência de oferta remota de disciplinas teóricas, posto que determinadas fases dos cursos são integralmente compostas por disciplinas teóricas
7. Respaldo jurídico e administrativo quanto ao PAAD frente às disciplinas que não puderem ser ofertadas e com relação às progressões que considerarem semestres no contexto da pandemia
8. Manutenção e novos contratos de professores(as) substitutos(as) em razão de aposentadorias, afastamentos (saúde e formação);
9. Ajustamento, diante das dinâmicas de trancamento de matrícula, da Resolução 17 e PAAD quanto à regularização de disciplinas com menos de 12 estudantes matriculados, limitação de número máximo de estudantes por disciplina e reconsideração acerca da oferta de disciplinas concentradas no recesso;
10. Homologações dos concursos de modo remoto e viabilização de nomeações e posses;
11. Orientações objetivas às Direções de Unidade, Chefias de Departamento e Coordenações de Curso;
12. Disponibilização de acesso às Coordenações de Curso dos dados brutos para identificar não respondentes do questionário
13. Alternativas para complementar o mapeamento dos estudantes
14. Calendário Suplementar Excepcional
a. Número mínimo de semanas para a retomada das atividades (3)
b. Número mínimo de semanas para o semestre (16)
c. Construção de um calendário amplo e unificado mas que considere as especificidades da educação básica, graduação, pós-graduação e de unidades;
d. Planejamento apenas do semestre 2020-1 nesse momento
15. Previsão de avaliação sobre as atividades pedagógicas não presencias no contexto da pandemia;
16. Definições sobre Vestibular
17. Respeito à soberania dos projetos pedagógicos;
18. Respeito ao caráter formativo e voluntário da atuação do estágio docência;
19. Respeito à autonomia do Núcleo de Desenvolvimento Infantil e do Colégio de Aplicação cujas deliberações colegiadas consideram de maneira específica a pertinência e possibilidade de retomada de atividades. As decisões dos Colegiados do NDI e CA devem ser validadas no âmbito do Conselho de Unidade do CED;
20. Considerar os prejuízos pedagógicos e à saúde tendo em vista a retomada das atividades de modo remoto no contexto da pandemia.”
16:09 – Brunetta, diretor do Centro de Educação (CED), reconhece a insuficiência do relatório dos comitês, defende o encaminhamento de Catia de formar uma comissão para centralizar as sugestões e ponderações dos centros e cursos; Relata que o conselho de unidade do CED avaliou o relatório e destacou ausências no documento, dentre outras: sobre o suporte da administração central para que as recomendações sejam efetivadas; apresentar a situação orçamentária atual da universidade; detalhamento das responsabilidades; previsão de orçamento suplementar para garantia de despesas extraordinárias; desagregar a exigência de oferta de disciplinas teóricas;
16:04 – Conselheiro Henry, da Associação de Pós-Graduandos, diverge das falas anteriores. Indica a falta de representatividade das propostas apresentadas pelos comitês e a falta de conteúdo das propostas. Ele lembra o papel da Universidade de produzir conhecimentos frente a uma situação tão sensível como a que a nossa sociedade vive hoje: “há uma demanda reprimida de falas, porque
não gritos, de diferentes categorias que sentem a necessidade, urgente, de apresentar suas preocupações, seus posicionamentos, seus desacordos com a forma e conteúdo e a falta de representatividade que têm caracterizado a condução dos debates e decisões nesta universidade. A universidade tem uma grande responsabilidade de sinalizar para a sociedade os caminhos e alternativas embasadas na ciência, no conhecimento humano, histórico e socialmente produzido para a superação deste difícil momento da humanidade. Não podemos, de forma irresponsável, transferir os ditames do mercado, da produtividade, de grupos econômicos de interesses privatistas para o interior do nosso debate.”
16:03 – Alguns conselheiros se pronunciam no chat interno da sessão com a fala de Catia sobre a encaminhar ainda hoje uma decisão
16:01 – Conselheiro Jonny Silva, da Câmara de pós-graduação, defende o que seria a posição da câmara que a pós retorne as aulas o mais breve possível
15:56 – Conselheira Catia, de Joinville, critica a falta de tomada de decisões nas últimas sessões, a leitura das cartas e notas na reunião e que o conselho encaminhe uma comissão que centralize sugestões de medidas para o retorno; “Recebo diariamente e-mails de pai de aluno, de aluno me questionando”; para ela não há mais tempo de discutir sem encaminhar
15:51 – Conselheiro Eduardo, técnico-administrativo, lê uma outra carta em que discute a situação dos trabalhadores do hospital universitário. Os TAEs denunciam a situação precária dos trabalhadores, com precariedade dos equipamentos de proteção individual, as dificuldades de afastamento dos trabalhadores em situação de risco
15:50 – Marco Antonio do DCE destacou que o processo não foi democrático e que muitas propostas foram ignoradas nos comitês, diz que os estudantes foram “tratorados nos comitês”
15:31 – Carlos Vieira, conselheiro do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, que os professores do centro realizaram um parecer: os professores pensam que tem que ter um cronograma de discussão da matéria; o debate não pode ser atropelado; defendeu que as decisões tem que ser tomadas pelo conselho e que o calendário acadêmico unificado e que os cursos definam suas especifidades.
15:30 – Confira na íntegra a carta dos estudantes indígenas;
15:21 – Walter, conselheiro do Centro de Ciências Agrárias (CCA) defende o relatório. O professor critica a política dos comitês pela demora, mas diz que achou “bonito” que foi participativo. Mas, que agora já que foi participativo há que se encaminhar as propostas. “É o que tem pra hoje, pro almoço, pra janta, é após a vacina”; “Não é maravilhoso, mas é o que a gente tem”; O professor diz falar em nome da comunidade do CCA
15:19 – O reitor interrompeu a continuidade da leitura da carta
15:18 – “A nossas dificuldades são muitas em relação a esse quesito. Não saberemos se teremos condições de ter aulas ou alguma atividade acadêmica a distância, tendo em vista que grande
parte dos estudantes estão em isolamento social em suas aldeias, e muitas delas não pega nem sinal de telefonia. Que o caso da realidade do povo Xokleng por exemplo, que são a maioria
dos estudantes indígenas da UFSC”
15:16 – “As consequências do ensino a distância será vista mais para frente, as nossas dificuldades já são grandes na universidade, com essa pandemia essas dificuldades se tornaram ainda
maiores” – carta dos estudantes indígenas sobre sua situação acadêmica
15:12 – Sergio, conselheiro técnico-administrativo, lê uma carta escrita pelos estudantes indígenas sobre a situação da pandemia e o ensino a distância: “Estamos preocupados com nosso futuro na UFSC”
15:05 – Ainda sobre a carta dos conselheiros técnico-administrativos: os trabalhadores questionam a falta de professores pela qual a universidade passa desde o começo do ano, perguntam quantas disciplinas seguem sem professores, questionam a disponibilidade orçamentária da universidade para o retorno, e se posicionam: para que não haja retomada presencial antes do controle efetivo do contágio, e contra a retomada de atividades curriculares pelo “ensino remoto”
15:02 – A carta assinada pela maior parte dos conselheiros técnico-administrativos questiona a pesquisa realizada pela reitoria, as condições de trabalho para as atividades remotas e o retorno as fases semi-presencial e presencial, questionam as desigualdades entre os cursos e como a reitoria fará para que a retomada remota não as amplie, como ficarão os recursos e contratação de professores para os cursos que não irão retornar?
14:55 – Os conselheiros técnico-administrativos leem também uma carta em que avaliam o relatório do comitê e apresentam suas posições
14:50 – A carta do Diretório Central dos Estudantes (DCE) critica os questionários realizados pela reitoria. A entidade se posiciona contra o EaD mas defende medidas de regulação do ensino remoto, dentre as quais um “período amplo de formação aos professores”; flexibilização de atividades avaliativas e empréstimo de equipamentos
14:46 – A questão de ordem foi acatada. Matheus, do diretório central dos estudantes, solicitou uma inclusão de uma minuta de resolução que propõe a suspensão das atividades presenciais até o fim de 2020. O conselheiro lê uma carta reivindicando o que seria para eles uma retomada democrática das atividades.
14:43 – Hiago, da Associação dos Pós-Graduandos, apresenta uma questão de ordem. De acordo com ele os conselheiros tem dificuldade de intervir na reunião pois ficam os microfones e o chat fechados
14:40 – O reitor encerrou a apresentação. Nenhuma nova informação. Apenas confirma que a reitoria está empurrando para retomada a distância. Foi aberta a discussão para os conselheiros.
14:38 – De acordo com o reitor, a retomada das atividades se daria em três fases. A primeira com as atividades a distância. A segunda semi-presencial e a terceira com o retorno total. Ou seja, indicando a retomada já pela via a distância.
14:33 – A apresentação inicia; o reitor apresenta alguns eixos sobre os quais estariam assentadas as propostas da reitoria/comitês, dentre os quais: descompasso entre o calendário civil e o acadêmico e autonomia das unidades. Nas palavras do reitor: “cada colegiado de curso fará suas adaptações”
14:30 – O reitor irá apresentar o relatório dos comitês; mas a reunião segue com dificuldades técnicas
14:29 – O reitor afirma que não será tomada nenhuma decisão hoje; O conselho definirá de que modo as decisões serão tomadas;
14:22 – O reitor consegue a conexão e abre a reunião. A ordem do dia foi aprovada com 49 votos favoráveis
14:00 – Por problemas técnicos a reunião ainda não iniciou; o reitor não conseguiu se conectar a reunião