[Notícia] Coordenação do PPGE renuncia após programa posicionar-se contra o ER e pelo voto universal

Imagem: logo de comemoração dos 40 anos do Programa de Pós-Graduação em Educação

Clara Fernandez – Redação UàE – 20/07/2020*

Na última sexta-feira, algum tempo após a suspensão da reunião do Conselho Universitário, que teria sua continuidade na manhã de hoje, mas que já havia aprovado o ensino remoto, os membros do Colegiado Delegado do Programa de Pós-Graduação em Educação receberam uma convocação de reunião para esta terça (21), tendo a renúncia de sua coordenadora e subcoordenadora como pauta única. Em função da continuidade do CUn, a reunião acabou sendo adiada para Quinta (23).

A renúncia ocorre às vésperas do fim da gestão da atual e após o colegiado pleno do programa referendar as decisões tomada em Assembleia geral.

No dia 13 de julho, o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC realizou uma Assembleia para debater sua posição acerca do Ensino Remoto e do respeito à tradição existente no programa de voto universal no colegiado pleno. Após deliberação contrária ao Ensino Remoto e favorável ao voto universal, a decisão foi levada ao colegiado pleno do programa para que fosse referendada. 

A assembleia foi uma sugestão da própria coordenação do programa, após esta ser  questionada por realizar uma condução interessada das reuniões colegiadas sobre o tema, onde falas de mediações foram utilizadas para desqualificar posições divergentes e impedir que ocorressem votações dos temas em discussão. 

O colegiado pleno realizado no dia 14 de Julho referendou todas as decisões da assembleia, que envolviam também a reivindicação de políticas de permanência para a pós-graduação. Foram encaminhadas notas de manifestação do programa sobre sua posição.

No ponto sobre o voto universal, houve uma discussão sobre como seria resolvida a questão, tendo em vista as orientações regimentais da universidade. A compreensão dos membros do colegiado foi de que tal escolha precisa ser uma prática social daquele espaço, sem aguardar a autorização regimental para tanto, mas buscando realizá-la.

Após esta decisão, o colegiado entrou no debate acerca da eleição da próxima coordenação, já que o prazo da atual estava encerrando. Foi apresentada uma proposta de calendário, que foi questionada em função de conter prazos muito curtos para realizar um processo eleitoral. A atual coordenadora, Andrea Lapa, respondeu que a justificativa para a proposta era a de que ela se negaria a continuar presidindo as reuniões colegiadas, pois não gostaria que seu CPF estivesse envolvido na quebra de normas regimentais. A mesma afirmou que seu princípio é o de respeito aos regimentos.

A reunião encerrou-se sem que seus participantes compreendessem se a coordenação de fato havia renunciado, até que a convocação do colegiado delegado chegou ao e-mail dos representantes do espaço.

*Atualizado dia 21/07, às 11 horas.

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