Neste ano, a comunidade universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá escolher quem ocupará a cadeira da reitoria pelos próximos quatro anos. Este processo é de extrema importância para os rumos da instituição, pois envolve a disputa por projetos distintos para a universidade. Ainda que nos últimos anos a reitoria da UFSC tenha tentado apresentar um caráter meramente técnico e administrativo para gerir a instituição, há sempre um fundamento político sustentando as decisões da administração central.
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[Opinião] A Reforma do Convivência será um projeto político! Parte 2: A importância dos espaços amplos de discussão
Essa é a segunda parte de um texto que buscou discutir a importância da Reforma do Centro de Convivências e seu sentido político para o Movimento Estudantil na UFSC. Nessa segunda parte, a centralidade não se dará tanto em torno da pauta, mas sim da forma como vem sendo construída a política no Movimento Estudantil da UFSC e, nesse contexto, a atuação do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
[Opinião] A Reforma do Convivência será um projeto político! Parte 1: Qual é a proposta dos estudantes?
O movimento estudantil tem, nas últimas semanas, se debruçado sobre o tema da reforma do Centro de Convivência. A proposta vem do Sindicato dos Professores da UFSC (APUFSC), que ofertou restaurar o edifício e obter, por um número finito de anos, uma parte do espaço para uso do sindicato. O prédio é central na dinâmica da universidade e, portanto, a reforma traz discussões políticas importantes. Seu sentido histórico, o impacto de sua degradação, o papel político da gerência dessa estrutura pelos estudantes, a importância do patrimônio das universidades, dentre outras questões, emergem junto à pauta. Contudo, a posição da atual gestão do DCE parece não dar a relevância necessária a esta discussão. A importância da pauta e a posição do Diretório serão objeto de discussão deste texto, elaborado em duas partes.
[Opinião]Projeto do governo para destruir as universidades ou “Reuni Digital”
Foto: UàE – Original: imagem apresentada no projeto do Reuni Digital Caio Sanchez – Publicado no Universidade à Esquerda – 20/07/2021 Há algumas semanas, o Governo Federal expressou com nitidez seu projeto para as universidades federais: o Reuni Digital. Neste, professores poderiam ser substituídos por plataformas digitais, cursos poderiam ter uma base comum curricular e “bancos de aulas” e laboratório virtuais resumiram a vida universitária. Em síntese, o projeto implicaria na reconfiguração completa do papel histórico da universidade. A proposta recupera a tentativa falida de expansão de matrículas sem o crescimento correspondente no orçamento ou de estrutura (física, docentes, […]
[Opinião] APUFSC contra a Reforma Administrativa: corporativismo nos moldes institucionais
Na última sessão do Conselho Universitário (CUn) da UFSC, que ocorreu na terça-feira (27/04), a Apufsc-Sindical, Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina, realizou uma apresentação acerca das atividades realizadas pelo sindicato para combater a Reforma Administrativa. Foi apresentado um estudo sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020 realizado por um grupo de trabalho do sindicato. Tal como tem sido de praxe nas tentativas de mobilizações promovidas pela entidade, as ações e argumentos até agora foram marcados pelo forte apelo institucional, bem como pela defesa exclusivamente corporativa dos servidores públicos frente à proposta.
[Opinião] Quem luta pelas bolsas na Pós-Graduação?
Na última quinta-feira (15/04), a Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFSC realizou o segundo espaço para debater as bolsas na Pós-Graduação. Neste, foram encaminhadas ações para enfrentar os problemas ligados ao financiamento da pesquisa a nível local e nacional. O espaço novamente contou com uma participação expressiva da base, que, além de pensar estratégias de mobilização, trouxe relatos sobre a situação das bolsas nos programas e como os professores têm encarado este problema. Com isso, surge a questão: quem deve lutar pelas bolsas na pós-graduação?
[Opinião] Por que a Pós-Graduação não debate sobre a Universidade Pública?
A formação na Pós-Graduação Stricto Sensu, sobretudo nas universidades públicas, exerce um duplo papel. Conforme comumente sabido, a trajetória por um mestrado e doutorado acadêmico tem a função de formar pesquisadores nas diversas áreas de conhecimento. Além disso, possivelmente após os seis anos que em média levam para percorrer essa trajetória, o estudante da pós-graduação titulado, torna-se, mediante concurso público, docente. Ser professor implica não só na transmissão de conhecimento em sala de aula, mas na participação de órgãos administrativo-políticos da Universidade e na continuação da produção científica. Se a trajetória da formação destes pesquisadores se dá com anos de inserção em Universidades Públicas para, ao final, resultar em um cargo nesta instituição, por que os pesquisadores brasileiros não têm, ao longo destes anos, sequer um contato sobre o papel das Universidades Públicas? Porque os estudantes passam mais de uma década nesta instituição sem sequer questionarem-se sobre as especificidades das mesmas?
[Opinião] Eleições na Câmara e Senado: vitória da agenda do capital
Foram eleitos na última segunda-feira (01/02) os presidentes da Câmara e do Senado, ambos aliados declarados de Jair Bolsonaro (Sem Partido). Arthur Lira (PP) é o novo líder da Câmera, com 302 votos – mais do que o dobro que o segundo colocado, Baleia Rossi (MDB). No Senado, o candidato escolhido foi Rodrigo Pacheco (Democratas). Essa vitória é significativa para a conjuntura brasileira porque revela a capacidade de Bolsonaro, apesar de suas características peculiares, de adentrar nas coordenadas do jogo político para neutralizar uma parcela da burguesia que cogitava destituí-lo da cadeira presidencial.
[Opinião] A Reforma Administrativa deve ser combatida pelo conjunto dos trabalhadores
A profunda crise que estamos a atravessar tem onerado toda a classe trabalhadora, distribuindo esses custos de diferentes formas para os setores da classe. Cerca de 61,7 milhões de brasileiros são informais ou desempregados. Estes, ou sobrevivem do auxílio emergencial, que foi cortado pela metade, ou pagam suas contas às custas de exporem-se a condições arriscadas de saúde sem qualquer segurança contratual. Mesmo os trabalhadores formais, cujo vínculo empregatício poderia garantir maior estabilidade durante a pandemia, tiveram seus salários drasticamente cortados. É na esteira destes parâmetros que a Reforma Administrativa se insere, pressionando mais um setor da classe trabalhadora ao ajustamento do valor histórico e moral força de trabalho às necessidades do capital.
[Opinião] Convite à intransigência absoluta a qualquer expressão do EaD
É na esteira da compreensão das intenções atreladas tanto ao Estado quanto aos aparelhos privados de hegemonia que devemos inserir o debate sobre as Universidades Públicas no momento de pandemia.
[Debate] Classe trabalhadora no século XXI? A cegueira da esquerda na luta de classes
O atual cenário político, em vias superficiais, não carece de diagnóstico: é evidente que a crise do capital está longe de ser solucionada pela classe dominante – assistimos na última semana inclusive ao fenômeno circuit breaker na bolsa de valores – ao passo que a esquerda não consegue apresentar qualquer proposta efetiva para pôr fim a truculência e desamparo da vida cotidiana. Enquanto eles avançam, segundo Paulo Guedes, cada vez mais, do outro lado o horizonte político está altamente embaçado. O que parece surgir diante de nós com um aspecto turvo parece ser, portanto, não a constatação de que as coisas não vão bem, mas a resposta do porquê não reagimos.
[Debate] As consequências do stalinismo: a burocratização da Revolução Russa
Ana Júlia e Caio Sanchez* – Redação – 19/12/2019 Publicado originalmente no Universidade à Esquerda No presente texto pretendemos aprofundar no debate acerca da burocracia stalinista (1), apresentando elementos de como esse termo, a princípio vago e abrangente, expressou-se na história precedente da esquerda, mas se atualiza hoje no interior dos partidos, nas propostas à saída dessa crise apresentadas por determinado setor da esquerda e nas próprias análises de conjuntura apresentadas por alguns partidos da esquerda. Leia também: As consequências do stalinismo: o culto ao indivíduo e As consequências do stalinismo: o campo se abre à burocratização Por que debater […]
[Debate] As consequências do Stalinismo: o culto ao indivíduo
Imagem: Cartaz “Sobre a bandeira de Lenin” por Gustav Klogis (1895-1938) de 1933 Ana Júlia e Caio Sanchez* – 26/07/2019 – Redação UàE Debater a temática das práticas stalinistas não é uma tarefa fácil e, por conseguinte, não se limita à poucas palavras. Alguns teóricos comprometidos com a prática revolucionária têm estudado há anos as escolhas políticas de Stalin e suas consequências para a construção – mas também degradação – da União Soviética, sem jamais assumirem como encerrado esse importante debate. Não se pretende, aqui, portanto, esgotar essa discussão, e sim, apontar algumas críticas iniciais que contribuam para com a […]
[Debate] As consequências do stalinismo: o campo se abre à burocratização
Imagem: Domínio Público Ana Júlia e Caio Sachez – 09/07/2019 – Redação UàE Não é do passado, mas unicamente do futuro, que a revolução social do século XIX pode colher a sua poesia. Ela não pode começar a dedicar-se a si mesma antes de ter despido toda a superstição que a prende ao passado. As revoluções anteriores tiveram de recorrer a memórias históricas para se insensibilizar em relação ao seu próprio conteúdo. A revolução do século XIX precisa deixar que os mortos enterrem os seus mortos para chegar ao seu próprio conteúdo. Naquelas, a fraseologia superou o conteúdo, nesta, o […]