Durante essa semana, aqui no Acontece UFSC, publicamos diversas informações sobre a situação das universidades aqui do Estado de Santa Catarina.
Por um lado, fica evidente a situação dramática da UFSC e da UDESC. Na primeira, foram anunciados cortes orçamentários que podem comprometer o funcionamento regular da instituição. A universidade, que vinha se mantendo sobretudo por meio de verbas oriundas de emendas parlamentares, e que havia sofrido um corte na ordem de R$ 6,3 milhões, é impactada mais uma vez com a restrição orçamentária, desta vez de R $ 6,2 milhões. No primeiro corte, os setores afetados foram principalmente os serviços terceirizados, de limpeza e segurança. Essa escolha, além de nos chamar atenção para o papel das terceirizações em instituições públicas, é dura justamente pelo fato de que estudantes da UFSC têm relatado sérios problemas de segurança no Campus. Já o segundo corte, que inicialmente havia sido anunciado na área de assistência estudantil, segundo o atual secretário de planejamento e orçamento, Prof. Fernando Richartz, deve ser negociado na próxima gestão de reitoria sobre quais áreas serão afetadas. Já na UDESC, após um forte movimento dos estudantes, o Restaurante Universitário reabriu. Contudo, sem um centavo de subsídio por parte da reitoria, o preço do RU chegou ao mais alto do país: R$ 12 reais por refeição.
Por outro lado, essas situações dramáticas só podem ser enfrentadas com muita luta, principalmente do movimento estudantil. Na UDESC, os estudantes estão em mobilização há semanas e ontem realizaram um ato pela defesa de um preço justo no RU. Já na UFSC, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) está em processo eleitoral, o que permite recolocar a importância das lutas estudantis pela defesa das universidades públicas no centro do debate. Quatro chapas estão inscritas para concorrer à nova diretoria.
Ainda que essas políticas não sejam uma novidade para essas instituições, que sofrem cortes sistemáticos ao menos desde 2014, a recorrência e o acúmulo de problemas apontam que temos um cenário no qual as lutas são a única saída para reverter essa situação. É necessário recolocar a defesa pelas universidades públicas no centro dos problemas estratégicos a serem enfrentados pelos estudantes e trabalhadores do Brasil, retomado o que há de mais radical historicamente nessas instituições! Participe dos processos de luta da sua universidade!
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