[Editorial] Precisamos votar pelo #EleNão

O #EleNão, mais do que um protesto, foi um grito que nasceu do encontro virtuoso do povo trabalhador e as ruas desse país! Convocados pelas mulheres, esses atos gigantescos unificaram todas as lutas e todas as bandeiras por uma vida para além do capital.

É verdade que tentaram abafar esse grito maravilhoso, esconderam nossos rostos das capas dos jornais. Mas em nossos corações pulsa uma energia vibrante de vida, de luta e de esperança! Essa energia não pode ser apagada nem por mil jornais!

Nós nos levantamos, porque na reta final deste primeiro turno qualquer um pode perceber as diferenças entre as candidaturas à Presidência da República. Uma delas ameaça diretamente nossas vidas e nossos direitos mais que qualquer outra. Isso exige de cada um de nós, estudantes e trabalhadores brasileiros, uma manifestação contundente.

Essa voz, esse grito, esse berro que ecoa em todos precisa se manifestar nas urnas! Não podemos nos abster, não podemos anular nossos votos, não podemos deixar para depois: temos que votar contra ele. Contra ele, pelo que ele representa e por aqueles que ele representa!

Amanhã, temos que ir às urnas!

 

Certamente não é fácil, sabemos que nenhuma candidatura representa fielmente hoje os anseios da nossa classe. Como em todos os momentos realmente importantes da história, temos que fazer uma escolha difícil, decisiva e corajosa: precisamos escolher qualquer candidatura que possa manifestar nosso repúdio ao que Bolsonaro representa.

Entendemos que quatro candidaturas podem expressar um voto que fale mais alto pelo #EleNão: Vera Lúcia (PSTU), Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Todas essas candidaturas têm em comum a revogação da Emenda Constitucional 95, esse marco da coerção do Estado, que exige que os trabalhadores paguem por uma crise que não foram eles que fizeram.

Isto não iguala essas candidaturas. Não apaga suas diferenças fundamentais. Nem expressa necessariamente nossas concordâncias com as estratégias equivocadas que as quatro acabaram por representar.

Entretanto, qualquer uma delas significa nossa unidade, como trabalhadores e trabalhadoras, em um voto corajoso e decidido. É preciso escolher um inimigo contra o qual possamos lutar dentro de um regime mínimo de direitos e liberdades políticas.

Por isso, independentemente de quais sejam seus posicionamentos políticos, quais sejam as suas divergências, ou por maiores que elas sejam, não façamos das nossas pequenas diferenças uma razão para o apagamento de nossa situação de classe.

Conclamamos aos estudantes e trabalhadores que votem. Não pelo voto útil, mas que votem, com convicção e clareza política, pelo #EleNão!

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