Da Redação – UàE – 03.10.2016
No dia 30 de outubro, Florianópolis escolherá para a chefia do poder executivo municipal entre os candidatos Gean Loureiro (PMDB) e Angela Amim (PP). O primeiro recebeu 100.214 votos (40,39% dos votos válidos) e a segunda, 60.959 (24,57%). Os demais candidatos receberam, respectivamente: Elson Pereira (PSOL), 51.106, Murilo Flores (PSB), 22.809, Angela Albino (PCdoB), 10.581, Maurício Leal (PEN), 1.580 e Gabriela Santetti (PSTU), 843. Ao todo, votaram 277.533 eleitores em Florianópolis. Destes, 87,05% foram votos válidos, que equivalem a 241.594. Abstenções foram 12,25%, nulos 7,14% e 5,81% brancos.
Gean Loureiro (PMDB) havia consolidado sua liderança nas pesquisas eleitorais e o segundo lugar permanecia incerto entre Angela Amim e Elson Pereira, mas a diferença (9.853 votos) decidiu o resultado em favor de uma disputa eleitoral entre os velhos setores da classe dominante.
Para a Câmara de Vereadores, o PSOL conquistou resultado muito melhor, empatando com o PSD com a segunda maior bancada: PMDB (4 vereadores), PSOL (3 vereadores) e PSD (3 vereadores). O resultado foi obtido com a reeleição de Afrânio e a eleição de Marquito e Renato da Farmácia. O PT manteve uma cadeira na câmara de vereadores, com a reeleição de Lino Peres. O resultado na câmara marca um crescimento da presença de um polo de esquerda na cidade, apesar do resultado desfavorável ao PSOL e ao PSTU no executivo.
Florianópolis condensa os elementos mais controversos da consciência política, elegendo para o segundo turno dois candidatos que representam os setores dominantes e experiências políticas brutalmente conservadoras, ao mesmo tempo em que aumenta a presença de candidatos de esquerda na câmara. Apesar do alarde do discurso anti-corrupção, a cidade reelegeu também quatro vereadores apontados pelo Ministério Público de Santa Catarina como envolvidos na operação Ave de Rapina: Marcelo da Intendência (PP), com 3.162 votos; Roberto Katumi (PSD), com 2.988 votos; Dalmo Meneses (PSD), 2.670 votos; e Dinho da Rosa (PMDB), 2.400 votos, apesar de rejeitar outros seis envolvidos – que não foram reeleitos: Célio João (PMDB), Marcos Espíndola, o Badeko (PHS), Coronel Paixão (PDT), Deglaber Goulart (PMDB), Ed Pereira (PSB) e Ricardo Camargo Vieira (PMDB).