Beatriz Costa – Redação UàE – 08/10/2018
Neste domingo, mais de 5 milhões de eleitores foram às urnas em Santa Catarina. Após a apuração dos votos, pode-se avaliar como a votação expressiva do PSL no cenário nacional refletiu-se também na disputa aos cargos do estado. Santa Catarina deu 65,82% dos votos válidos para Jair Bolsonaro (PSL), terá um segundo turno com um candidato deste mesmo partido e tornou o Partido Social Liberal a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa (Alesc).
A vaga de governador do estado será disputada no segundo turno entre Gelson Merisio (PSD) e Comandante Moisés (PSL). Merisio contabilizou 31,12% dos votos válidos e Moisés 29,72%. Na pesquisa do Ibope para o governo do estado feita entre os dias 3 e 5 de outubro, Comandante Moisés figurava em quarta posição. Uma surpresa para quem acreditava que o segundo turno contaria com a presença de Mauro Mariani (MDB) ou até de Décio Lima (PT), candidatos que estavam empatados no primeiro pelotão da disputa, de acordo com a pesquisa divulgada na última semana. Além de Santa Catarina, o PSL disputará o segundo turno no governo dos estados de Rondônia e Roraima. O gráfico abaixo mostra a quantidade de votos válidos recebida por cada candidato ao governo de Santa Catarina e a quantidade de votos brancos e nulos.
Quanto aos deputados estaduais, a maior bancada ficou com o MDB, com 9 representantes, seguido pelo PSL, com 6. O candidato Ricardo Alba (PSL) foi o mais votado do estado, com 62.762 votos. Novo na política, Alba foi eleito vereador em Blumenau em 2016 com 3277 votos. Agora, dois anos depois, ingressa na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Bacharel em Direito e apoiador fervoroso de Jair Bolsonaro (PSL) no Vale do Itajaí, Alba foi eleito com uma campanha fortemente baseada nos ideais do candidato à presidência. Como vereador, destacou-se na divulgação dos baixos gastos do seu gabinete em comparação aos outros vereadores da cidade.
Em contraponto, a segunda deputada mais votada de Santa Catarina foi Luciane Carminatti (PT), reeleita para seu terceiro mandato com 61.271 votos. Natural de Chapecó (SC), Luciane Carminatti é professora e pauta sua atuação política a partir da educação e da questão das mulheres. O gráfico abaixo mostra a quantidade de deputados estaduais eleitos por partido, após o resultado das eleições de 2018.
Foram contabilizados 3.663.271 votos válidos para deputados federais em Santa Catarina, considerando que são 40 cadeiras, o coeficiente eleitoral, ou seja, a quantidade de votos para um candidato se eleger, é de 91.582 votos. Com os votos sendo divididos entre 433 candidatos, nenhum deles conseguiu atingir sozinho o coeficiente eleitoral. Por isso, os deputados eleitos contaram com os votos de toda a sua coligação. O gráfico abaixo mostra a quantidade de deputados estaduais eleitos por coligação. PSL e PT foram os únicas siglas que conseguiram eleger representantes sem que não se coligaram a nenhum partido e que conseguiram eleger representantes na Alesc.
Em uma comparação entre os deputados estaduais eleitos em Santa Catarina em 2014 e 2018, pode-se perceber que a maioria dos partidos segue a tendência de manter uma quantidade de cadeiras, exceto pelo PSL. Apesar da aparente constância dos pleitos, somente 18 estão se reelegendo, 22 representantes serão diferentes dos atuais. O gráfico abaixo mostra a comparação entre a quantidade de representantes eleitos pelos partidos em 2014 e 2018.
O PSL foi o partido que mais cresceu, de nenhum para 6 representantes na câmara e o PSD o que mais diminuiu sua bancada, de 9 para 5 eleitos. O MDB, PT e PP perderam uma cadeira cada ficando com 9, 4 e 3 cadeiras, respectivamente. O PSDB perdeu duas, caindo de 4 para 2 representantes na câmara. PR e PSB aumentaram sua participação, de 2 para 3 deputados e PDT de 1 para 2 representantes. PSC, PRB e PV não possuíam representação e passaram a ter e DEM PC do B e PPS deixaram de ter representantes.
A lista dos 40 deputados estaduais eleitos, com seus partidos, quantidade de votos e porcentagem dos votos válidos consta a seguir.
ALBA – PSL – 62.762 – 1,71%
LUCIANE CARMINATTI – PT – 61.271 – 1 ,67%
JULIO GARCIA – PSD – 57.772 – 1 ,58%
ISMAEL – PSD – 54.1 65 – 1 ,48%
PAULINHA – PDT – 51 .739 – 1,41%
COBALCHINI – MDB – 49.355 – 1 ,35%
FELIPE ESTEVAO – PSL – 47.390 – 1 ,29%
SERGIO MOTTA – PRB – 45.181 – 1 ,23%
CORONEL MOCELLIN – PSL – 45.086 – 1 ,23%
FERNANDO KRELLING – MDB – 44.356 – 1,21%
DE NADAL – MDB – 42.507 – 1,16%
MARLENE FENGLER – PSD – 41.684 – 1,14%
VOLNEI WEBER – MDB – 41.353 – 1,13%
DR. VICENTE CAROPRESO – PSDB – 40.132 – 1,10%
KENNEDY NUNES – PSD – 39.352 – 1,07%
ZÉ MILTON – PP – 39.196 – 1,07%
JERRY DO ALDO – MDB – 39.131 – 1,07%
NEODI SARETTA – PT – 39.036 – 1,07%
JAIR MIOTTO – PSC – 38.554 – 1,05%
LAERCIO SCHUSTER – PSB – 36.923 – 1,01%
MILTON HOBUS – PSD – 36.821 – 1,01%
VAMPIRO LUIZ FERNANDO – MDB – 36.747 – 0,01%
MARCOS VIEIRA – PSDB – 35.423 – 0,97%
PADRE PEDRO – PT – 35.184 – 0,96%
SARGENTO LIMA – PSL – 35.053 – 0,96%
ANA CAROLINE CAMPAGNOLO – PSL – 34.825 – 0,95%
MOACIR SOPELSA – MDB – 34.722 – 0,95%
ADA FARACO DE LUCA – MDB – 34.501 – 0,94%
NAZARENO MARFINS – PSB – 34.395 – 0,94%
TITON – MDB – 34.350 – 0,94%
BRUNO SOUZA – PSB – 32.512 – 0,89%
JESSE LOPES – PSL – 31.595 – 0,86%
JOÃO AMIN – PP – 31.396 – 0,86%
ALTAIR SILVA – PP – 30.497 – 0,83%
MARCIUS MACHADO – PR – 30.277 – 0,83%
BERLANDA – PR – 28.975 – 0,79%
RODRIGO MINOTTO – PDT – 26.623 – 0,73%
MAURICIO ESKUDLARK – PR – 26.333 – 0,72%
FABIANO DA LUZ – PT – 18.474 – 0,50%
IVAN NAATZ – PV – 14.685 – 0,40%
