[Notícia] Ataque ao PIBID

Por Maria Alice de Carvalho da redação do UàE – 10/11/2017

Há algumas semanas uma nova pauta vem sendo trazida nos espaços de reuniões e assembleias na UFSC: O PIBID está sendo atacado.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) – o qual tem por objetivo maior promover a aproximação entre a formação superior e a formação básica de ensino através da licenciatura – possui o seu fim previsto para fevereiro de 2018. Esse Programa visa a melhoria do ensino nas escolas públicas e, ainda, promove o incentivo ao magistério dentro das Universidades.

Concomitantemente à aproximação da data que marca o fim das concessões de bolsas através do Programa, além da ausência de manifestação do governo em renová-lo e dar continuidade a este, surge também por parte do MEC a proposta de “Programa de Residência Pedagógica”, o qual é apresentado como uma “modernização” do Pibid¹. Com 80 mil vagas, o programa tem por objetivo melhorar a formação inicial e  avaliar de forma mais qualitativa os futuros profissionais de docência.

Com isso, os docentes, supervisores e estudantes bolsistas estão se mobilizando para lutar pela permanência deste. O corte no PIBID se mostra, neste cenário, como mais uma das estratégias para enfraquecer ou até mesmo acabar com a formação em licenciatura nas Universidades.

O PIBID, através do contato de estudantes em licenciatura com a educação básica pública, permite uma contribuição para pensar em problemas de pesquisas que girem em torno da educação e processos de ensino e melhoria da qualidade das escolas municipais e estaduais, tendo em vista que os estudantes de licenciatura entram em contato com o meio escolar quando ainda em seu processo de formação; ainda, o programa insere profissionais docentes na rede pública de ensino – rede esta que possui uma alta precarização -, a partir do momento em que os estudantes que participam dos estágios através do programa se comprometem a quando graduados trabalharem no ensino público.

Sendo o PIBID um programa de extrema importância para a valorização do magistério e formação em licenciatura; que promove o contato entre a formação superior e formação básica de ensino, permitindo um maior estudo sobre a educação e, assim, possível superação de problemas nas escolas públicas; um programa que insere profissionais em uma rede de ensino extremamente precarizada; nos parece oportuno questionar, principalmente em um cenário no qual o governo vem realizando reformas significativas nas estruturas de ensino, o que se espera alcançar, por parte do governo e do MEC, com a substituição do PIBID pelo “Programa de Residência Pedagógica”?

¹http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-10/mec-vai-oferecer-80-mil-vagas-de-residencia-pedagogica-em-2018

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *