[Notícia] Atentado em escola em Suzano (SP) deixa, ao menos, dez mortos

Luiz Costa – Redação UàE – 14/03/2019

Na manhã desta quarta-feira (13), dois jovens realizaram um atentado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, cidade com cerca de 295 mil moradores na Região Metropolitana de São Paulo, deixando 10 mortos e mais de 20 feridos, até o momento.

Os jovens eram ex-estudantes da escola. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. O atentado começou por volta de 9h da manhã, quando a dupla matou o tio de Guilherme – que trabalhava em um lava-jato; e depois roubaram o seu carro. O veículo foi utilizado para o deslocamento até a escola. Segundo testemunhas, a primeira vítima do atentado havia tido uma discussão com o sobrinho dias antes.

Guilherme e Luiz chegaram à Escola por volta de 09h30, horário de intervalo dos estudantes. Logo na entrada, atiraram contra duas funcionárias, que não resistiram. Dentro da escola, os adolescentes mataram 5 estudantes e feriram dezenas de outros. Um estudante, que foi atingido com uma machadinha no ombro, foi andando até o hospital, que ficava a poucos metros da escola.

A polícia militar afirma que um dos jovens, ao perceber que a polícia chegara ao local, matou seu colega e depois se matou. Além de uma arma de fogo calibre .38, a dupla portava uma besta (arma medieval de flechas), arco profissional, machado, coquetel molotov e explosivos.

Os dois eram conhecidos e moravam próximos. Guilherme, o mais novo, havia saído da escola há poucos meses devido a uma briga entre colegas. O ex-aluno de 17 anos havia conseguido comprar a arma de fogo com o dinheiro que guardou trabalhando em uma barraquinha de cachorro-quente. Nas redes sociais, ele postou cerca de 30 fotos posando com a arma.

Sete horas depois do atentado, quando já era confirmado a morte de 10 pessoas, o presidente da República se manifestou em solidariedade.

O senador Major Olímpio (PSL-SP), em pronunciamento descabido, afirmou que se mais armas tivessem disponíveis à população a tragédia teria sido minimizada. “Se tivesse um cidadão com arma regular dentro da escola, professor, servente, um policial militar aposentado, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia. Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos e discutir a legislação, e onde estamos sendo omissos”, disse Olímpio durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

Na manhã de hoje, quinta-feira (14), as famílias e amigos das funcionárias e estudantes mortos no massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, velaram as vítimas na Arena Suzano, no Parque Max Feffer.

 

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Última edição 14/03/2019 às 17:04

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