José Braga– Redação UàE – 19/09/2017
A investigação conjunta da Polícia Federal, Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas da União sobre a suspeita de corrupção nos cursos de EaD da UFSC, ligados ao programa Universidade Aberta do Brasil veio a público na última quinta-feira, 14 de outubro com a operação “Ouvidos Moucos” que cumpria mandados de busca e apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos, bem como de condução coercitiva e prisão temporária. Nestes últimos dias novas decisões judiciais sobre a investigação foram publicadas, e novas informações têm circulado.
A prisão temporária do reitor Luis Carlos Cancellier de Olivo, dos professores Márcio Santos, Marcos Baptista Dalmau, Rogério da Silva Nunes, Gilberto de Oliveira Moritz, Eduardo Lobo e do funcionário da FAPEU Roberto Moritz da Nova foram revogadas. A decisão foi exarada pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger, que substituía a juíza Janaína Cassol Machado na última semana. De acordo com o despacho que expediu a soltura dos acusados, as prisões já haviam cumprido sua função de impedir que os mesmos pudessem obstruir as investigações. Assim, na noite de sexta-feira, 15 de setembro, eles deixaram a penitenciária da capital.
As demais medidas cautelares foram mantidas: Luis Carlos Cancellier de Olivo, Márcio Santos, Marcos Baptista Dalmau, Rogério da Silva Nunes, Gilberto de Oliveira Moritz, Eduardo Lobo continuam afastados de suas funções públicas, proibidos de exercer cargo público de qualquer natureza, de entrar na UFSC e de ter acesso a qualquer material da UFSC relativamente ao EaD/UAB até que se finde a investigação.
O afastamento das atividades, a proibição de entrar na UFSC e de acessar materiais relativos ao EaD/UaB está sendo avaliado também para Roberto Moritz da Nova e deverá ser decidido pela 1ª Vara da Justiça Federal nos próximos dias.
Ainda na tarde de hoje, 19 de setembro, a reitoria se reuniu com os diretores dos centros. Ainda não há muitas informações disponíveis sobre a reunião. Mas de acordo com o que nossos jornalistas puderam apurar até agora houve uma demanda para que fosse realizada uma reunião do Conselho Universitário (CUn) para tratar da situação nesta quinta. A reunião no entanto não ocorrerá, e ficou encaminhado que a próxima sessão ordinária do CUn, que ocorre dia 26 de setembro e seria realizada no campus de Curitibanos, foi transferida para o campus Trindade e deverá debater o caso.
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Opinião: A fonte de toda corrupção