Ilustração: Coe Bradesco adere a campanha contra demissões nos bancos. Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

[Notícia] Bradesco: Bancos seguem demitindo apesar dos lucros

Ilustração: Coe Bradesco adere a campanha contra demissões nos bancos. Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT.

Maria Fernandez – Redação Universidade à Esquerda – 18/11/2020

Os bancos têm anunciado lucros durante o período de crise econômica que passamos. O Bradesco, por exemplo, reportou um lucro líquido contábil de 4,194 bilhões de reais no terceiro semestre de 2020. Mesmo diante desta situação os bancos têm realizado demissões durante este período.

Já em março conseguiu-se um compromisso público dos bancos para não realizarem demissões durante a duração da pandemia, entretanto este compromisso não tem sido cumprido. O acordo foi assumido em março entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional Bancário. Diante deste descumprimento a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza campanha nacional contra as demissões.

Desde que começou a pandemia de coronavírus, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região iniciou uma campanha contra as demissões promovidas pelo Santander, Itaú e Bradesco. Este sindicato tem realizado uma websérie em que os trabalhadores demitidos relatam sua história.

Na última terça-feira (17/11) os bancários publicaram em redes sociais que os bancos já demitiram mais de 1800 trabalhadores em 2020, segundo a Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE). Diante das mais recentes demissões realizadas pelo Bradesco os bancários fizeram críticas nas redes sociais e usaram as hashtags #QueVergonhaBradesco” e “#QuemLucraNãoDemite”. A assessoria de imprensa do Bradesco, afirmou que não iria comentar o assunto.

Não é só o Bradesco que tem realizado demissões, ainda segundo dados apresentados pela COE, depois de reunião realizada em 22/10, naquele momento já havia um saldo negativo entre demissões e contratações de 1.389 postos de trabalho fechados. O Santander teria realizado demissões já no primeiro semestre, o Itaú e o Mercantil Brasil esperaram o segundo semestre, e o Bradesco seria o que realizou demissões mais recentemente. O Bradesco realiza as demissões ao mesmo tempo que lançou uma campanha publicitária de que “estaria se preparando para o futuro”.

Os trabalhadores dos bancos seguem em campanha para manutenção dos postos de trabalho enquanto estes lucram às custas da degradação das condições de vida.

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