O retorno presencial das aulas nas escolas da macrorregião de Fortaleza estava previsto para esta quinta-feira (01/10) conforme decreto do governador Camilo Santana, divulgado em suas redes sociais em 19 de Setembro. A liberação se dava tanto para a rede privada, quanto para a pública, mas a princípio apenas a primeira retomou as atividades presencialmente.
Nesta última quarta-feira (30/09), a Secretaria Municipal da Educação divulgou que os 231 mil alunos das redes públicas continuarão até 2021 a ter aulas remotas, pois mesmo com a autorização do Decreto Estadual, as escolas não possuem condições adequadas de infra-estrutura e segurança sanitária.
Nesta quinta-feira (01/10), o Sindicato APEOC e representantes das entidades estudantis UBES, ACES e UNEFORT, com o intuito de fiscalizar as condições das escolas públicas, realizaram visitas às escolas da rede estadual para verificar as condições de retomada.
Foi identificada a falta de verba e a falta de orientações para a aquisição de equipamentos de proteção individuais (EPIs). Metade dos funcionários da limpeza é do grupo de risco. Além disso, o transporte escolar que é compartilhado entre o Município de Caucaia e o Estado ficaria a cargo do Estado bem como sua limpeza e higienização do transporte.
Nas escolas particulares 150 unidades voltaram presencialmente na Capital com os 1º, 2º e 9º ano do Ensino Fundamental, e a 3ª série do Ensino Médio. Andrea Nogueira, atual presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), aponta que 120 destas instituições são uma adição às unidades com turmas de ensino infantil, que já estão com regime presencial há quase um mês.Enquanto em grande parte da mídia são divulgados relatos das comunidades escolares com a expectativa de aumento no rendimento escolar e desenvolvimento das habilidades emocionais com o retorno presencial, com enfoque nos relatos de alunos que estão ansiosos com a retomada, temos como o exemplo o estado do Amazonas, primeiro a liberar a reabertura de escolas particulares e que em após dois dias da abertura das escolas, ao menos duas unidades tiveram que suspender novamente as aulas presenciais devido a casos de Covid-19 entre docentes, com saltos no número de óbitos e contaminados. E mesmo com as experiências catastróficas de retorno, os estados continuam anunciando seus planos de retomada presencial em 2020, como é o caso dos estados de São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pará.
Até a tarde desta quinta-feira (01/10), o Ceará já soma 242.021 pacientes diagnosticados com a Covid-19, de acordo com o boletim do IntegraSUS, atualizado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). O informe também registra 9.047 mortes pela infecção. Entre os estudantes, são 5.045 casos de infecção, 4.767 pacientes recuperados e dois óbitos pela doença até o dia 27 de setembro, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
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