Imagem: Foto de Sérgio Motta retirada de reportagem do site Agência ALESC.
Bela Mielczarski – Redação UFSC à Esquerda – 14/04/2021
Sérgio Motta, deputado estadual de Santa Catarina, propôs um Projeto de Lei em que padres, pastores, conselheiros tutelares e demais ministros religiosos teriam direito a furar a fila para a vacinação contra a Covid-19. A justificativa para o PL gira em torno do contato com o público, visitas domiciliares e ações com a população de rua feitas por esse grupo, o que o colocaria em risco.
Em 15 de abril de 2020, os deputados estaduais já haviam reconhecido as atividades religiosas como essenciais na pandemia, a partir de um plenário em que deputados como Sérgio Motta declararam a “importância da religião para momentos difíceis”. O deputado Motta é pastor e bispo da Igreja Universal Reino de Deus, além de fazer parte do bloco evangélico do Legislativo.
O Projeto de Lei segue pela Alesc e está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça. Ele precisa passar pela comissão para seguir para o plenário, além das Comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público.
Na última segunda feira, o Estado registrou a aplicação de 819.328 da primeira dose da vacina e 237.146 da segunda dose (o estado conta com aproximadamente 7,2 milhões de habitantes atualmente). Os grupos que receberam a vacina incluem profissionais da saúde, indígenas, idosos acima de 60 anos, a comunidade quilombola e as forças armadas. Crianças e profissionais da educação ainda não estão sendo vacinados.