Brasília- DF. 10-07-2019-Sessão que aprovou a reforma da previdência. Foto Lula Marques

[Notícia] URGENTE: Deputados aprovam em 1º turno o texto-base da Reforma da Previdência com 379 votos a favor

Foto: Brasília- DF. 10-07-2019-Sessão que aprovou a reforma da previdência por Lula Marques

Luiz Costa – Redação UàE – 10/07/2019

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10), em primeiro turno, o texto-base da Reforma da Previdência. Foram 379 votos a favor, ou seja, 71 votos a mais do mínimo necessário – 308. Apenas 131 deputados votaram contra a proposta. 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 06/2019, foi apresentada pelo governo Bolsonaro em fevereiro deste ano. Desde então, a proposta tem tramitado na Câmara dos Deputados.

Para garantir os votos necessários para aprovar a medida impopular, desde o começo do ano o governo Bolsonaro tem liberado emendas parlamentares. Só nos últimos dias, o valor de emendas liberadas para comprar votos dos parlamentares ultrapassou o gasto nos seis primeiros meses e chegou a mais de R$ 5 bilhões. 

Após aprovação da PEC da Previdência, no primeiro turno, os deputados votam os destaques feitos pelas bancadas – cerca de 19 pedidos de alteração. O primeiro pedido de alteração sugeria exclusão dos professores na reforma. O pedido de destaque, porém, foi rejeitado. Maia encerrou a sessão e convocou outra para quinta-feira (11) às 9h.

Concluído a votação no primeiro turno a proposta deve voltar ao plenário da Câmara para ser votada em segundo turno – exigência das propostas que alteram a constituição.

Aprovada na Câmara, a proposta segue para o Senado Federal, onde deve tramitar pela Comissão de Justiça e Comissão Especial até chegar no plenário pleno, também em dois turnos. O presidente do Senado prevê que a tramitação dure cerca de 45 dias. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, espera aprovar a reforma, no segundo turno, ainda nesta semana. 

A quantidade de votos a favor da reforma da previdência foi o maior para esse tipo de medida, ultrapassando o placar obtido pelo então presidente Lula em 2003, quando sua proposta de reformar a previdência foi aprovada com 358 votos. 

A expectativa do governo é que a previdência seja aprovada até setembro nas duas casas do Congresso Nacional para, então, ir para a promulgação do presidente. 

Ainda na quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, negou pedido do PSOL para suspender a votação da reforma da Previdência na Câmara.

O partido submeteu mandado de segurança sob alegação de que o presidente Bolsonaro e o ministro da saúde autorizaram a execução de emendas parlamentares em valor muito superior ao que foi aprovado em comissão, a fim de comprar votos dos deputados.

A proposta submetida por Bolsonaro é ainda mais profunda do que a apresentada pelo governo Temer, que devido ao desgaste de sua imagem e por conta das grandes mobilizações sociais não conseguiu aprovar a reforma.

Veja transmissão da votação que aprovou, em primeiro turno, a proposta de reforma da previdência.

2 comentários

  1. […] Do valor liberado no começo da semana, 444 milhões não estavam, sequer, autorizados pelo legislativo. A irregularidade foi descoberta pela bancada do PSOL na Câmara. Segundo o partido, a ação deveria ser caracterizada como crime de responsabilidade. O PSOL submeteu mandado de segurança, no STF, para que a votação da reforma fosse suspensa devido à ação ilegal do governo para garantir os votos necessários para aprovar o texto. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, negou o pedido na quarta-feira (10). […]

  2. […] Do valor liberado no começo da semana, 444 milhões não estavam, sequer, autorizados pelo legislativo. A irregularidade foi descoberta pela bancada do PSOL na Câmara. Segundo o partido, a ação deveria ser caracterizada como crime de responsabilidade. O PSOL submeteu mandado de segurança, no STF, para que a votação da reforma fosse suspensa devido à ação ilegal do governo para garantir os votos necessários para aprovar o texto. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, negou o pedido na quarta-feira (10).  […]

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