Morgana Martins – Redação Universidade à Esquerda – 24/03/2023
Com o tema “Reconstruir o Brasil com as educadoras e educadores da educação pública”, a 4ª Plenária Intercongressual Professor João Felício da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovou por unanimidade o Plano de Lutas da categoria, que definiu para o dia 26 de abril a Greve Nacional de Educação pela aplicação do reajuste do piso salarial inicial e na carreira para os/as profissionais da educação e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM).
Até lá, de 20 de março a 23 de abril, será organizada a 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública; a coleta de assinaturas de parlamentares ao manifesto da CNTE pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM); dia 24 de abril a entrega dos manifestos no Ministério da Educação (MEC) sobre a revogação do NEM e pelas diretrizes de carreira.
Para a CNTE, “a revogação da Lei n. 13.415/2017 é a única forma de estancar a tragédia social em curso no país e de recuperar um debate público e democrático construído a partir das comunidades escolares e movimentos de educação, com vistas à construção de um modelo de ensino médio público que beneficie quem mais precisa”.
O NEM foi implementado durante o governo Temer (MDB) por meio de Medida Provisória e está sendo implementado nas escolas do país desde o ano passado.
Em 2016, contra a reforma, os estudantes de 19 estados do país realizaram um intenso movimento de ocupações nas escolas de Ensino Médio e nas universidades públicas. O resgate dessa história é importante para impulsionar os movimentos atuais, apresentando alternativas de luta que possibilitem o aumento da organização da classe trabalhadora.
Ao mesmo tempo, devemos pensar na complexidade que a pauta da educação e do ensino médio apresenta hoje, refletindo porque esse projeto pode ser executado em nosso país e as consequências da a formação da nossa juventude. Continuaremos acompanhando e aprofundando essa pauta em nosso Jornal.
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