Maria Alice de Carvalho – Redação UFSC à Esquerda – 01/12/2020
Em sessão do Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que ocorre na tarde de hoje (1), os Conselheiros debateram sobre as possibilidades de ingresso na universidade em 2021.
A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve/UFSC) apresentou sua proposta, a qual apresenta como possibilidade que o ingresso seja através das notas do ENEM de 2009 a 2021. Além disso, o Conselheiro Oscar Bruna-Romero apresentou seu parecer do relatório, que foi favorável à proposta da Coperve.
A presidente da Coperve, Maria José, apontou que nos estudos realizados pela Comissão se mostrou inviável a realização de uma prova presencial que garantisse todas as medidas de segurança para o momento de pandemia, tendo em vista o alto número de participantes e fiscais.
Durante o período de discussão da pauta, os conselheiros apontaram diversas questões e discordâncias. Foi questionada a proposta da Coperve de utilizar os últimos 10 anos de ENEM, colocando que um número menor e de anos mais recentes seria mais correto, tendo em vista a diferença das provas do ENEM realizadas em 2009, o que geraria uma discrepância no processo de seleção.
Vários conselheiros apontaram que limitar o ingresso à notas anteriores do ENEM, e mesmo do ENEM 2021, deixa muitos estudantes de fora, tendo em vista que muitos podem não ter notas anteriores e nem terem se inscrito para o ENEM 2021. O conselheiro Vitor Castro, sobre isso, apontou que para tomar tal decisão as inscrições para o ENEM ainda deveriam estar abertas.
Dentre os posicionamentos levantados pelos Conselheiros, os representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) defenderam um formato híbrido de ingresso: com notas antigas do ENEM, notas antigas de vestibulares da UFSC e sorteio. Como forma de garantir maior amplitude para as inscrições.
Os representantes do DCE apontaram, também, a problemática da modalidade que utiliza o histórico escolar como forma de ingresso, tendo em vista que isso geraria uma discrepância gigantesca entre os estudantes de escola pública e de escola privada.
Os representantes do DCE, no início da sessão, haviam pedido um adiamento da discussão dessa pauta por considerarem que não há acúmulo e profundidade de debates o suficiente para tomada de decisão. Essa proposta foi negada, com 27% dos Conselheiros favoráveis ao adiamento e 30% contrários ao adiamento.
Ao fim da discussão dessa pauta, o conselheiro Andrey Santiago, do DCE, pediu vistas do processo. Ou seja, o conselheiro terá o tempo de analisar com mais calma o processo e elaborará um parecer a ser discutido e votado em próxima sessão do Cun.
Confira nossa cobertura da sessão do Conselho Universitário.