Foto: Um dos cartazes feito para o ato que cobrou as saídas de campo; por estudante de Geologia.
Clara Fernandez – Redação UàE – 06/04/2018
Na última terça-feira, 03 de Abril, o Centro Acadêmico de Geologia convocou seus estudantes para uma assembléia com o intuito de discutir a não realização da saída de campo da disciplina de Mapeamento Geológico I, alocada na sétima fase do curso. Como resultado da Assembléia, os estudantes tiraram um ato de entrega de uma carta reivindicatória na Reitoria na manhã de ontem, quinta-feira, 05 de Abril.
Durante o ato foram recebidos pelo pró reitor de graduação, que afirmou que o cerne do problema estaria na gestão do setor de transportes e, diante disso, o encaminhamento tirado foi de uma reunião para daqui a duas semanas com todos os setores envolvido na realização desta atividade, visando apresentar uma resolução para as saídas de campo do curso.
Entenda o contexto:
O debate foi suscitado no curso diante do terceiro ano seguido de cancelamento da saída de campo desta disciplina. Os estudantes foram informados a respeito somente às vésperas do último feriado, quando buscavam a confirmação da realização da atividade. Segundo estes, a prae justificou-se afirmando não ter um quadro de motoristas que pudesse disponibilizar à atividade e seu tempo de duração sem desfalcar a equipe e prejudicar outras atividades que necessitam de transporte da Universidade.
A saída de campo prevista teria a duração de 10 dias e é a de período mais longo entre todas que precisam ser feitas ao longo da graduação. Porém segundo os estudantes do curso, esta não é a única disciplina que sofre com este problema, uma série de outras saídas de campo tem constantes cancelamentos em cima da hora, tanto por falta de verba, como por problemas de gestão da própria universidade. O curso compreende este momento como um agravante, pois mapeamento geológico é delineado no projeto político pedagógico como o principal foco de formação da graduação.
Segundo o Centro Acadêmico, o currículo exige por volta de 720 horas de saída de campo obrigatório, mas os cálculos realizados pela turma que entrou no ano de 2013 e está cursando a disciplina no momento, apontam para o desenvolvimento de cerca de 220 horas destas atividades até então.
A resposta da PRAE é cínica, pois a atividade de ensino – no caso as aulas de campo – é precedente sobre todas as outras em uma Universidade. O Departamento como um todo precisa estar mobilizado.