Lívio Abramo. "Bombardeio", 1940.

[Opinião] Informalidade ou a porta da rua

(Bombardeio – Espanha, xilogravura de Lívio Abramo, coleção Mário de Andrade)

Marcelo Ferro
– Redação do UàE – 8 de setembro de 2017

A taxa de desemprego se estabilizou em 13%, segundo os índices divulgados pelo IBGE para o segundo trimestre de 2017, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD – Contínua). Adendo: o crescimento do emprego se concretizou com 442 mil postos de trabalho informais, sem carteira assinada. Em relação ao segundo semestre do ano passado, os postos com carteira assinada caíram em mais de 1 milhão.

Ao mesmo tempo, registrou-se a subida do índice do Ibovespa em 1,75%, quase superando o recorde histórico. Jorram manchetes anunciando o sucesso da política de privatizações, das reformas, a retomada da economia. Os investidores estão animados com o ajuste fiscal!

É esse o sucesso da política econômica do governo: o fundo público, o dinheiro das famílias brasileiras, sendo drenado para fora. Vai embora Educação, Saúde, Transporte, Energia. Fecha a Universidade. Para nós, resta a informalidade ou a porta da rua.

A camarilha econômica de Temer conduz o Brasil para um abismo. O campo de visão do liberalismo, da política neoliberal, não enxerga o buraco que se aproxima. Até quando os trabalhadores brasileiros vão aguentar essas condições de exploração? Até quando vão durar o Cerrado e a Amazônia frente à colheitadeira de soja? Até quando dura a economia, seus ideólogos, seus índices, diante do horror social?

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