Rita Pereira – Redação UFSC à Esquerda – 22/05/2023
Amanhã (23), os estudantes do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM) se encontrarão novamente em assembleia do centro para definir os próximos passos em sua luta por melhores condições de infraestrutura e segurança.
Essa será a terceira assembleia em que os estudantes se reúnem para discutir essa pauta. Na convocação publicada pelo Centro Acadêmico Livre de Física (CALF):
“Em pauta está o ato por melhores condições de estrutura e segurança no CFM, as comissões formadas na última assembleia (divulgação, materiais, calendário e carta) irão apresentar o que está sendo construído para a realização do ato.”
Desde o início deste mês de maio o corpo discente do CFM tem se debruçado sobre a derrubada dos Blocos Modulados — o famoso Labirinto, onde se localizam as salas das coordenações dos cursos, biblioteca setorial, sedes dos centros acadêmicos, PET e algumas salas de aula do centro.
Membros do CALF descobriram um Grupo de Trabalho (GT) de demolição do Labirinto. Este GT tem organizado a realocação dos espaços atualmente ocupados no bloco, definindo, dentre outras coisas, os espaços para as entidades estudantis — inicialmente sem a presença dos próprios discentes.
O projeto inicial do GT prevê que os Centros Acadêmicos se aloquem provisoriamente em uma ala antiga do Centro de Ciências Biológicas (CCB) que é extensão do Labirinto. Esta ala já foi desocupada pela maior parte do CCB em função de seus problemas estruturais, restando apenas algumas atividades do Departamento de Ciências Morfológicas (MOR).
Além disso, as entidades correm o risco de terem de dividir salas, o que, como tem sido apontado por membros dos Centros Acadêmicos e discentes nas assembleias, leva a um apagamento das particularidades de cada conjunto de estudantes, diminuindo também suas capacidades de mobilização e ação.
Outro problema que está sendo evidenciado pelos estudantes é a falta de segurança e acessibilidade nos prédios dos departamentos de Física, Matemática e Química. O trajeto, além de estar danificado — o que dificulta a locomoção — está sem iluminação. Assaltos e assédios têm acontecido há tempos nas proximidades desses prédios, tornando o caminho da entrada e saída das aulas perigoso, especialmente à noite.
Nas últimas assembleias os estudantes definiram a necessidade de sistematizar as reivindicações e construir um ato. A próxima assembleia deve dar seguimento a esta discussão, definindo seu caráter e demais questões para sua realização. A assembleia acontecerá amanhã (23), às 18 horas, no auditório Faruk Nome, no prédio do Departamento de Química.