Foto: Gibran Mendes/CUT-PR
José Braga – Redação UàE – 06/03/2020
No dia 03 de março, os petroleiros da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR) decidiram em assembleia aceitar as demissões e o fechamento da planta da da Petrobrás. Com isso aceitam um “pacote de benefícios” proposto pela direção da empresa.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) publicou uma nota informando a decisão e afirmando que o pacote foi imposto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em acordo com a direção da Petrobrás. A FUP afirmou que a o TST e a Petrobrás impuseram o pacote sob a ameaça das demissões seguirem sem nenhum tipo de acordo.
Com a decisão cerca de 1000 trabalhadores perderão seus empregos, sendo 400 diretos da FAFEN e mais 600 indiretos. O fechamento da planta motivou uma grande greve dos trabalhadores, que durou 21 dias, paralisou mais de 20 mil petroleiros em cerca de 120 unidades da empresa. A greve foi suspensa para realizar uma mediação com o TST e a direção da empresa.
A orientação lamentosa da FUP, expressa também em sua nota, não é capaz de dar seguimento real a luta dos trabalhadores contra as demissões e a política de privatização que ataca a Petrobrás. Afirmam meramente que não irão reconhecer às demissões e devem articular com parlamentares um projeto de lei para anistia e recondução dos trabalhadores demitidos.
Evidentemente não haveria possibilidade de negociação com o TST e a direção da Petrobrás. A suspensão da greve encaminhou a derrota dos trabalhadores.