Imagem: Montagem feita pelo UàE a partir das fotos de divulgação do b.Uni/Ser Educacional.
Maria Alice de Carvalho – Redação Universidade à Esquerda – 30/11/2021
Na última quarta-feira (24), o Grupo Ser Educacional anunciou o lançamento da primeira fintech (tecnologia financeira) no campo do ensino superior, o b.Uni. O serviço, que irá disponibilizar soluções financeiras digitais para os estudantes, é uma forma de diversificação das estratégias de inserção do grupo Ser Educacional no ensino superior e irá ampliar a capacidade lucrativa nessa área.
Essa é a primeira fintech de contas digitais lançada por uma instituição de ensino superior no Brasil.
De acordo com pronunciamento do fundador e presidente do Conselho da Ser Educacional à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Janguiê Diniz, o objetivo do b.Uni é inserir os estudantes no mercado financeiro e o grupo vai se dedicar “a criar produtos e serviços financeiros pensados para alunos”.
“(…)vamos nos dedicar a criar produtos e serviços financeiros pensados para alunos, incentivando sua vinda ao mercado financeiro por meio de nossa oferta diferenciada e atrativa para esse público que conhecemos muito bem suas necessidades e particularidades”, disse Janguiê.
Leia também: Ser Educacional planeja acabar com cursos 100% presenciais
O acesso dos estudantes a serviços e produtos financeiros vai ocorrer, por exemplo, por meio de “benefícios”, como o cashback para quem efetuar o pagamento de mensalidades em dia. O cashback é um tipo de programa de recompensa, disponibilizado por bancos, fintechs e e-commerces, que ocorre na forma de “reembolso” de parte do valor gasto pelo cliente para que ele use na forma de crédito ou para novas compras.
Além dos serviços financeiros para os usuários pessoas físicas, ou seja, para os estudantes, o Grupo pretende gerar valor em seus serviços internos com o uso do b.Uni para emissão de boletos de cobrança de mensalidade dos estudantes e pagamento de salários aos trabalhadores pela plataforma. Também haverá parceria do Grupo com outras empresas, de forma que será possível gerar lucro em toda a cadeia produtiva.
A criação da primeira fintech no ensino superior abrirá novas formas de inserção do capital nessa área e intensificará o processo de mercantilização da educação superior. Como afirmou Janguiê Diniz, “a fintech será importante para a consolidação do ecossistema de educação continuada, que combina marcas fortes e reconhecidas no mercado a um portfólio completo de cursos em um modelo de distribuição omnichannel e experiência diferenciada aos alunos”.
De acordo com o diretor financeiro da Ser Educacional e CEO do b.Uni, João Aguiar, os próximos passos da fintech envolverá a oferta de produtos diferenciados para os funcionários do Grupo, como seguros, cartões de crédito e outros.
As operações terão início em dezembro deste ano.
Leia também: Ser Educacional faz avançar seus projetos para a educação