Imagem: Ilustração de App-sindicato/PR
Maria Fernandez – Redação UàE – 01/07/2019
No Paraná, os servidores estaduais entraram em greve. O movimento tem entre as pauta a recomposição salarial, a estimativa é que só em relação à inflação já houve perda salarial em torno de 17% desde 2016. A greve agrega profissionais da educação, saúde, segurança pública e outros servidores.
Os profissionais das escolas estaduais foram os primeiros a indicar em assembleia do dia 15/06 a adesão a greve. Eles denunciam para além do não cumprimento da data-base que houve redução de hora atividade e aumento da jornada dos pedagogos. A educação deu inicio ao movimento que vem agregando outros setores do funcionalismo.
O movimento estadual unificado teve inicio na terça-feira (25/06) e teve impacto em pelo menos 85% das escolas estaduais segundo a APP Sindicato, outras categorias já se somaram às paralisações:
Servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na última quarta-feira (26/06), somando-se ao movimento estadual por recomposição salarial.
Os servidores da saúde de definiram no último dia 29/06 adesão à greve unificada do funcionalismo estadual. O movimento cobra do atual governador Ratinho Junior(PSD) o cumprimento de promessa de campanha, entretanto o atual governo vem mantendo o calote da inflação que estava vigente no governo anterior de Beto Richa.
A União Paranaense dos Estudantes Secundarista comunicaram apoio à greve dos servidores públicos em apoio à reposição salarial e contra o PL 004/2019. Além disso, a UPES se posiciona pela autonomia estudantil “CONTRA A LEI DA MORDAÇA; CONTRA A MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS; CONTRA A EXCLUSÃO DE MATRÍCULAS DE ESTUDANTES e PELA PERMANÊNCIA DA AUTONOMIA DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS.” Há indicativo de uma greve estudantil que venha se somar às demais categorias.
Segundo o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, hoje (dia 01/07) está previsto um ato na capital paranaense. A concentração está marcada para às 9h na Praça Santos Andrade e devem comparecer servidores de todo o estado.
Enquanto a greve cresce o governo estadual se recusa a negociar com os trabalhadores, já havia cancelado reuniões previamente agendadas de negociação o que forçou o movimento grevista. Agora afirma que só retomará negociações após o fim das paralisações.
A situação do serviço público vem sendo agravada com achatamento de salários e falta de reposição devido à escassez de concursos públicos. A situação presente no Paraná pode ser encontrada em outros estados, apenas com a mobilização coletiva será possível garantir o acesso de serviços de qualidade a população.
Fontes: APP sindicato, Sinteemar, UPES, SindSaúde Paraná.
