Renato Milis – Redação UFSC à Esquerda
Na tarde do dia 01/03, quarta-feira, os técnicos administrativos em educação (TAEs) da UFSC realizaram uma assembleia sindical para avaliar a negociação com o governo federal sobre o reajuste salarial dos trabalhadores. A assembleia reuniu cerca de 80 trabalhadores na praça da cidadania, no campus Trindade e por videoconferência com os demais campi.
Os trabalhadores consideraram a proposta do governo de reposição linear de 7,8% insuficiente em relação às perdas salariais acumuladas. Nas falas, os técnicos denunciaram as perdas salariais que se acumulam na última década e somam mais de 50% sobre o salário base dos trabalhadores.
Na avaliação do movimento, a proposta vinda do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (FONACATE), que reúne os trabalhadores do topo do executivo federal, de 13,5% é rebaixada e não deve ser incorporada pelo conjunto sindicatos e fóruns. A plenária se posicionou pela continuidade da reivindicação do reajuste emergencial de 26,94%.
Para os trabalhadores é necessário mobilizar as bases das categorias do serviço público federal para pressionar o governo a ceder na negociação. Os TAEs da UFSC consideram que não basta seguir para as mesas sem um calendário de mobilizações que aponte para atos e paralisações unificadas.
A negociação deve ter continuidade entre sexta-feira, 03/03, e próxima terça, 07/03. A discussão sobre o reajuste está sendo realizada nas bases das distintas categorias do serviço público federal.
Na assembleia do sindicato (SINTUFSC), também definiram como reivindicações: a database para o serviço público federal; o respeito ao piso salarial da enfermagem; a luta pelo fim da política de preços de paridade internacional da petrobrás e paralisação/reversão das privatizações das refinarias/gasodutos e demais ativos da petrobras e da eletrobras.
Ainda, na plenária foi avaliada uma proposta vinda da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), a qual o Sintufsc é filiado, sobre um sistema de gestão de desempenho vinculado ao teletrabalho. A proposta da federação está sendo avaliada pelas bases nas universidades para ser proposta ou não ao governo federal.
A proposta procura criar um substituto ao sistema implantado pelo governo Bolsonaro e que não está mais em vigência. No entanto, na avaliação dos trabalhadores ela incorre na mesma lógica de controle do trabalho por metas e cria um conjunto de problemas laborais e políticos para a categoria. Sendo assim, decidiram rejeitar a proposta e sugerir a criação de uma normativa que mantenha a autonomia das universidades.
Nos demais pontos foram decididos também: auxílio financeiro para a confecção de faixas para o 8M em Florianópolis; definição de participação com um representante da base (Jonathan) e outro da direção sindical (Eduardo) na comissão de implantação do piloto do teletrabalho e flexibilização da jornada na UFSC; e eleição de delegados para a plenária da Fasubra que ocorre entre os dias 09 e 11 deste mês.