Marcelo Ferro – Redação do UàE – 29/09/2017
Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o corte de recursos chegou ao limite: estrutura sucateada, irregularidade nos repasses de custeio, corte das bolsas, suspensão do restaurante universitário, corte dos salários.
Sem condição de se alimentar, os estudantes ocuparam o bandejão da UERJ. Os professores, não tendo nem previsão para receber, deliberaram pela greve por tempo indeterminado a partir de 3 de outubro.
O que acontece UERJ é expressão de um processo em curso, de um projeto nacional de liberalização do fundo público. Nos confrontamos, hoje, com possibilidade do fim da Universidade Pública, e o governo federal não tem receio de dizer isso com todas as letras. No início de setembro, o Ministério da Fazenda enviou um parecer ao gabinete do Pezão, governador do Rio, listando um conjunto de medidas para recuperação da grave crise fiscal, dentre elas: venda de empresas públicas, revisão do papel do Estado, demissão de servidores ativos e revisão da oferta de ensino superior! [1]
É somente na Universidade Pública que o ensino e a pesquisa têm liberdade para estar à altura das necessidades de toda a sociedade, e não restringidos, submetidos aos interesses privados. Nos colocamos ao lado dos estudantes e professores da UERJ em luta, na defesa da Universidade Pública!
#UerjResiste #ForaCapital
[1] Na ocasião, escrevemos sobre o parecer do Ministério da Fazenda: https://ufscaesquerda.com.br/debate-agora-e-oficial-o-governo-quer-o-fim-das-universidades-publicas/
Em abril o quadro da UERJ já era grave: https://ufscaesquerda.com.br/a-crise-da-uerj-e-o-desmonte-das-universidades/