[Debate] Ocupar, conviver e resistir

Foto: UFSC à Esquerda

Ariely S.* – Redação UàE – 11/09/2019

Em 2012 estava sendo finalizada as obras do Centro de Convivência para a inauguração da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex). O local havia passado por reformas e tinha como objetivo ser ambiente de integração e lazer após os 33 anos da sua inauguração. Como pautas, as reformas eram de caráter elétrico e estrutural, passando também pela revitalização do prédio em geral, como a substituição de vidros quebrados, retirada de entulhos e a cobertura de pichações. Após sua inauguração o espaço passou por várias intervenções e ocupações, tanto de estudantes quanto da comunidade, com atividades artísticas e projetos. Em 2014, o Centro volta a ser fechado com a desculpa de estar precário, sendo a moradia de 5 estudantes por 5 meses no mesmo ano. A promessa era que, após essas novas reformas de 2014, o local contaria com sala de dança, galeria de arte, cafeteria, sebo e o cinema no auditório. Porém, o espaço continuou fechado até a atualidade, e muitos estudantes da universidade não sabem nem da sua existência ou de sua história. Basta pesquisar sobre que terão poucas informações a respeito do que ele significou e ainda significa não só para a comunidade acadêmica, mas também para a sociedade. Sendo, em relatos, palco de festas de forró em meados dos anos 80. Hoje, ficam na área a sede do Diretório Central do Estudantes (DCE), que está ali desde meados de 2012/2013, a agência de Correios e a Associação dos Pós-Graduandos (APG).

Porém, ontem, no dia 10 de setembro, pouco antes do início da assembleia dos estudantes, um grupo de estudantes reabriu a parte que desde 2014 está interditada com chapas de madeira. Assim, reocuparam a parte de cima do local com ações de multirão de limpeza e reintegração. Então, são mesmo essas pessoas que estão depredando o patrimônio público?

É de suma importância dizer que não existem instâncias que indicam que o local é inseguro para o uso; além disso, as reformas nunca foram feitas ou concluídas. A luta para a preservação do Centro será diária. Este é um local que pertence a todos e deve ser ocupado como espaço crítico e artístico de todos que circulam fora e dentro do campus!

Laudo que consta que não consta nenhum problema estrutural na edificação.



*O texto é de inteira responsabilidade da autora e pode não refletir a opinião do Jornal.

Um comentário

  1. Em março de 2014 quando houve o levante do bosque, esse espaço foi ocupado por vários movimentos ligados ao meio estudantil, na época durante essa ocupação que rolou por volta de uns 4 meses a 5 meses, foi procurado inúmeras vezes à reitoria para melhorias no espaço, como concerto de portas, luz e as infiltrações de água que rolava nos dias de chuva dentro do espaço, porém com o decorrer do tempo, nada mais foi feito, investigações começaram a rolar por parte da pf, pois a maioria dos ocupantes deste espaço estava envolvido no levante do bosque, após muitas confusões, e o número de pessoas da ocupação se reduzir e muitas confusões rolarem… A segurança do campus (Deseg) interditou o local a trancou todas as salas e portões de acesso tanto na parte superior, assim como nas salas da parte de baixo… A reitoria deu a desculpa que seria demolido o prédio para ser contruido um novo centro de convivência, pois o mesmo apresentava perigo aos usuários do local, porém projeto esse que nunca saiu do papel… O que temos ai hoje é um espaço gicantesco, se deteriorando ao tempo, por falta de interesse da Universidade de se melhorar e reabrir esse espaço que no sentido inicial do seu nome se chama centro de Convivência…

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