[Opinião] As veias abertas do CCB

Por Sereno Rodrigues

Com o avanço da precarização do ensino superior e os corte de verbas, os problemas estruturais intensificam-se no cotidiano dos estudantes. Uma das questões não se consegue “maquiar” e que predomina em nosso cotidiano, em todos os centros, ainda que com diferentes dimensões, é o sucateamento dos prédios e a falta de recursos para sua manutenção.

No Centro de Ciências Biológicas não é diferente, os cursos de Biologia são distribuídos entre diversas salas e laboratórios espalhados por diversos centros na universidade. A realidade destes cursos os colocam em uma situação “privilegiada” onde enfrentam diversos aspectos da falta de estrutura em seus diversos espaços de formação.

Nesta vida “privilegiada”, os estudantes enfrentam diversos desafios como falta de iluminação, luminárias que caem sobre suas cabeças, forro das salas de aula prestes a ceder, falta de iluminação e segurança nos caminhos para salas. Já não é de hoje que as três categorias enfrentam este problema.

No final de 2015, técnicos, professores e estudantes por meio de seu Centro Acadêmico lançaram uma carta de reivindicações¹ onde foram exigidas as resoluções desses problemas. Aliás, uma das reivindicações de 2015 eram um aumento da segurança, como resposta foi colocado que não havia recursos para garantir segurança em lugares fixos no CCB, na época, ainda na gestão Roselane, foi colocado o argumento que não havia verba para contratação dos seguranças. Este é um problema que ainda persiste no centro, visto que no início deste ano, estudantes dos cursos do CFM³, centro anexo ao CCB, também fizeram uma mobilização em torno da segurança, tendo como principal solução apresentada pela Reitoria de Cancellier, seguir esperando por um prédio novo. Apesar disto, curiosamente ainda não sabemos qual foi o gasto do teste da nova cabine de segurança localizada na frente da reitoria², mas sabemos que o centro continua sem segurança.

Por mais que institucionalmente se apresente um clima de tranquilidade e gestão da “crise”, as rachaduras se aprofundam nos prédios da universidade. O que podemos ter certeza é que anos de descaso com as estruturas físicas nos mostram que esta questão não tem sido prioridade nas gestões de reitorias ao longo desta década. E não há instrumento alegórico capaz de esconder os seus efeitos no cotidiano do estudante.

E você? Tem algum relato ou uma foto do descaso dos espaços da UFSC? Deixem suas fotos nos comentários em nossa página do Facebook.

¹ https://cabioufsc.wordpress.com/assembleia-estudantil-da-biologia-2608/ ² Para saber mais: https://ufscaesquerda.com.br/opiniao-a-politica-de-seguranca-de-cancellier-interditar-a-vida-social-na-universidade/ ³Para saber mais: https://ufscaesquerda.com.br/seguranca-no-cfm-uma-saudacao-ao-movimento-e-uma-reflexao-como-contribuicao/ ]]>

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