Foto: Manifestação na Avenida Paulista na greve da educação - São Paulo/SP - 15/05/2019 - por Mídia Ninja

[Opinião] Os sentidos das lutas e os atos históricos de 15 de maio

Foto: Manifestação na Avenida Paulista na greve da educação – São Paulo/SP – 15/05/2019 – por Mídia Ninja

Lara Albuquerque* – Redação UFSC à Esquerda 20/05/2019.

 

No último dia 15 pudemos testemunhar um dos maiores protestos organizados no Brasil, arrisco dizer: talvez os maiores desde junho de 2013. Estima-se que duas milhões de pessoas foram às ruas defender a educação pública do país na última quarta-feira.Todos os estados e o distrito federal registraram protestos e até mesmo os dados da mídia burguesa apontam para números acima de 220 cidades. Além dos protestos, centenas de Instituições Federais  e Estaduais de Ensino Superior paralisaram suas atividades.

 

As manifestações contra as políticas de Bolsonaro têm crescido a cada pauta. A própria luta pelo #ELENÃO, na época das disputas eleitorais, já demarcava que seu governo não teria um dia sequer sem resistência. Nos últimos dois meses e meio os protestos começaram a crescer e dirigir suas palavras de ordem contra o que seu governo representa: 8 de março – dia internacional da mulher, 22 de março – a luta contra a reforma da previdência, 01 de abril – os atos em contestação a comemoração do golpe militar brasileiro. Esses são os exemplos nacionais das manifestações de massa que dirigem-se claramente como oposição.

 

Fica evidente a proporção do acirramento contra o governo quando nos debruçamos sobre a extensão dos atos que tomaram as ruas do Brasil, não só no último dia 15, antes mesmo já havia um clima forte de mobilização. De fato a pauta da educação mobiliza muita gente, no entanto não podemos perder de vista que há um projeto radicalmente neoliberal vindo de cima abaixo demonstrados por esses cortes, a tarefa é de disputar as massas radicalmente também no sentido contrário aos significados dos cortes. Nossas lutas não podem esbarrar nos limites de “nem de esquerda, nem direita”, ou saídas bonitinhas, palatáveis.

Confira o levantamento de Institutos e Universidades que pararam e a lista de algumas cidades, e se você sabe de alguma instituição de ensino ou cidade não contemplada entre em contato:

UFAC
IFAL
UFAL
UNICSAL
UNIFAL
UFAM
IFBA
UFBA
UNEB (em greve)
UESC (em greve)
UESB (em greve)
UEFS (em greve)
UFRB
UNILAB
IFES
UFC
IFB
UNB
IFES
UFES
UEG (em greve)
UFMA
UFMT
UFR
IFMT
UFMS
UEMS
IFMS
CEFET MG
UFJF
UNIFAL
UNISuldeminas
UFOP
UNIMONTES
UFSJ
IFMG
UEMG
UFMG
IFNMG
IFTM
UNIFEI
UFU
IFPB
UFCG
UFPB
UEPB
IFPA
UFPA
UNIFESSPA
UFRA
UEPA
IFPE
UFRPE
UFPE
UPE
UNIVASF
IFPR
UNILA
UNIOESTE
UEM
IFPI
UFPI
FAETEC PI
CEFET RJ
CEDERJ
IFRJ
UFF
UFRRJ
UNIRIO
Colégio Pedro II
UFRJ
PUC-RJ
IFF
UERJ
INES
IFRN
UFRN
UERN
UFERSA
IFRS
UFRGS
UFPEL
UFCSPA
UNIPAMPA
IFSUL
FURG
UERGS
IFFAR
IFSC
IFC
UDESC
UFSC
UFFS
IFSP
UFABC
UFSCAR Sorocaba
UNICAMP
UNICAMP Limeira
UNIFESP Diadema
UNIFESP Guarulhos
UNIFESP Baixada Santista
UNIFESP São Paulo
UNIFESP Zona Leste
UNIFESP Osasco
UNIFESP São José dos Campos
UNESP Assis
UNESP Bauru
UNESP Marília
UNESP Araraquara
UNESP Jaboticabal
UNESP Rio Claro
UNESP Botucatu
UNESP Franca
UNESP São Vicente
UNESP Guará
UNESP São Paulo
UNESP Guararinguetá
USP Ribeirão Preto
USP Cidade Universitária
USP Leste
USP Pirassununga
USP São Carlos
USP Lorena
UFS
UFT Palmas
UFT Porto Nacional
UFT Miracema
UFT Arraias
UFT Araguaína
UFT Tocantinópolis
UFT Gurupi

Além do Distrito Federal os protestos aconteceram nas cidades:
Acre:
Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Xapuri.

Rondônia:
Porto Velho, Vilhena, Cacoal, Ariquemes.

Amazonas:
Manaus, Humaitá, Presidente Figueiredo e Parintins.

Roraima:
Boa Vista.

Amapá:
Macapá.

Pará:
Belém, Marabá e Santarém.

Maranhão:
São Luís.

Ceará:
Fortaleza, Juazeiro do Norte, Tauá, Crato, Sobral Cedro, Iguatu , Canindé, Crateús, Quixadá.

Rio Grande do Norte:
Natal, São Gonçalo do Amarante, Mossoró, Nova Cruz, Curais Novos e Caicó.

Paraíba:
João Pessoa, Campina Grande, Sousa, Monteiro, Cuité, Guarabira, Patos e Areias.

Pernambuco:
Recife, Caruaru, Serra Talhada, Petrolina, Serrita, Salgueiro, Terra Nova.

Alagoas:
Maceió.

Sergipe:
Aracaju.

Piauí:
Terezina, Parnaíba, Cocal e Angical do Piauí

Bahia:
Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Juazeiro do Norte.

Tocantins:
Palmas, Gurupi, Araguaína, Dianópolis, Araguatins, Miracema do Tocantins, Brejinho de Nazaré e Paraíso do Tocantins.

Goiás:
Goiânia, Jataí, Anápolis, Itumbiara, Rio Verde, Luziânia e Catalão.

Mato Grosso:
Cuiabá.

Mato Grosso do Sul:
Campo Grande, Ponta Porã, Três Lagoas e Dourados

Minas Gerais:
Belo Horizonte, Montes Claros, Almenara, Araçuaí, Janaúba, Porteirinha, Januária, Pirapora, Salinas, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, Divinópolis, São João Del Rei, Barbacena, Rio Pomba, Santos Dumont, Araxá, Viçosa, Varginha, Poços de Caldas, Itajubá, Timóteo, Ipatingas, Lavras, Muzambinho e Inconfidentes

Espirito Santo:
Vitória, Linhares, Colatina, Nova Venécia e Alegre

Rio de Janeiro:
Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaguaí, Niterói e Nova Iguaçu, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo , Cabo Frio, Valença, Volta Redonda e Angra dos Reis.

São Paulo:
São Paulo, Campinas, Santos, Bauru, Ourinhos, Marília, Assis, Tupã, Boituva, Campina do Monte Alegre, Avaré, Itapetininga, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Franca, Sertãozinho, Presidente Prudente, Piracicaba, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano, Araraquara, Rio Claro, São Carlos, São João da Boa Vista, Araras, Catanduva, São José do Rio Preto, Araçatuba, Votuporanga, Ilha Solteira, São José, Taubaté e Guaratinguetá, Bragança Paulista

Paraná:
Curitiba, Maringá e Ponta Grossa.

Santa Catarina:
Florianópolis, Itajaí, Blumenau, São Francisco do Sul e Camboriú, Lages, Joinville, Concórdia, Chapecó e São Miguel do Oeste,

Rio Grande do Sul:
Porto Alegre, Rio Grande, Caxias do Sul, Panambi, Cruz Alta, Pelotas, Uruguaiana, Santo Angelo, Santo Augusto e Santa Rosa, Santa Maria.

 

*O texto é de inteira responsabilidade da autora e pode não refletir a opinião do Jornal.

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