Recesso dos editores diários

Imagem: 1957, Nikolai Ippolitovich Obrynba.

Redação – UàE – 21.07.2016

Chega ao fim mais um semestre acadêmico na UFSC. Ao longo dos últimos meses acompanhamos lutas importantes – como a permanência estudantil ou as eleições para o DCE e para o Andes-SN. Enquanto a eleição para o Sintufsc seguirá até agosto. Certamente este inicio de 2016 reservou graves problemas políticos para a história. O golpe aplicado pelo PT sobre os trabalhadores recai sobre si, o governo Golpista de Michel Temer (‪#‎ForaTemer‬), avança com o projeto do capital para a solução da crise, ou seja, abre caminhos para uma política monetária e econômica que devastará a capacidade de recuperação do desenvolvimento interno, entregando o país para a valorização cada vez mais voraz dos grandes grupos financeiros internacionais.
Para todos os lados, vemos difíceis cenários para a esquerda na universidade e fora dela. Os anos de Lulismo fizeram escorregar as formas de lutas para o campo estrito dos direitos e agora os direitos, as legislaturas e todo tipo de ilusões togadas vêm cobrar um duro preço. Esse preço, que sempre recaí sobre os trabalhadores, só não será pago com o suor e o sangue da nossa classe se demonstrarmos capacidade de resistir em todas as esferas da vida social. Isso, para a universidade, significa resistir na trincheira – uma verdadeira trincheira – do conhecimento. Essa dimensão será cada vez mais significativa nos próximos anos, já que as classes dominantes tem suficiente clareza de que o conhecimento das humanidades representa um verdadeiro perigo para as condições sociais de dominação da sua classe sobre todas as outras. Nós resistiremos!
É com esse espírito que nos despedimos brevemente, com o recesso das editorias diárias. Mas, para além do trabalho dos nossos editores de segunda à sexta (que merecem um descanso para recuperar as forças!), o UàE continuará publicando textos e notícias, especialmente sobre a eleição do Sintufsc e analisando as medidas privatizantes do Reitor Cancellier.
Obrigado pela companhia! Seguimos juntos!

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Para nos despedirmos nesse breve período de editorias diárias, deixamos um trecho de “O direito à preguiça”, de Paul Lafargue:

“[…] o proletariado, a grande classe que abarca todos os produtores das nações civilizadas, a classe que, ao se emancipar, emancipará a humanidade do trabalho servil e fará do animal humano um ser livre, o proletariado, traindo seus instintos, ignorando sua missão histórica, deixou-se perverter pelo dogma do trabalho. E o castigo veio a cavalo. Todas as misérias individuais e sociais nasceram de sua paixão pelo trabalho.”

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