Saudações, leitores!
A última década inteira foi marcada por sucessivos cortes nas Universidades Federais, cada dia que passa fica evidente que não há outro horizonte nas Universidades Públicas que não seja a luta em sua defesa!
Ontem (31/05) foi apresentado em sessão do Conselho Universitário o impacto na UFSC dos novos cortes anunciados pelo governo federal de mais de R$ 3 bilhões para as Universidades Federais na última sexta-feira (27/05). O bloqueio orçamentário na UFSC diminui seu orçamento de custeio em mais de R$ 25,5 milhões de reais. O que corresponde a um valor 7,8% menor do que o ano passado, 24,3% menor do que o orçamento de 2020 e 26% menor do que em 2019! Considerando o corte com o aumento dos preços dos insumos, o impacto proporcional é muito mais grave. A PEC 206/2019 que prevê cobrança de mensalidades nas universidades também foi discutida ontem no Conselho Universitário, o qual aprovou uma Manifestação Pública contra a instituição dessas cobranças, bem como contra o bloqueio orçamentário.
Tendo em vista este cenário, o Diretório Central do Estudantes convocou um Conselho de Entidades de Base, os Centros Acadêmicos e o Grêmio do Colégio de Aplicação para debater sobre os cortes, amanhã (02/06) às 12h no auditório do CFH. É também pauta do CEB a PEC das mensalidades.
A rubrica de custeio é o montante de recursos que é utilizado para pagar as contas de água, energia elétrica, contratos de limpeza, segurança patrimonial entre outras áreas ligadas à manutenção da UFSC e seus campi, todos essas contas são ajustadas ano após ano, o que demandaria um incremento no orçamento no mínimo proporcional e sua não diminuição.
Além de que esse bloqueio impacta todo o planejamento da universidade, uma vez que se contava com o orçamento aprovado e disponibilizado na Lei Orçamentária Anual. Em nosso jornal estamos acompanhando a situação de deterioração que a estrutura da UFSC se encontra nos centros de ensino. Esse novo corte só tende a agudizar os efeitos que já estamos percebendo em poucas semanas após o retorno presencial.
A política de cortes é hoje o que impossibilita a universidade de avançar e conseguir promover uma educação humana de fato emancipadora, pois além de inviabilizar e dificultar manutenção de infraestrutura, também impede a ampliação das políticas de permanência, como ampliação do RU e da moradia estudantil, que na UFSC é particularmente precária quando comparada a outras universidades. Confira esse debate em nosso jornal no texto “A política imobiliária em Florianópolis: que luta travar?”.
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