Luísa Estácio – 09/05/23 – Redação UFSC à Esquerda
Hoje irá acontecer uma nova Assembleia Geral do CFM, às 18h, no auditório Faruk do departamento de química. Na quinta-feira passada (04/05), os Centros Acadêmicos dos cursos de Matemática, Física, Química, Oceanografia e Meteorologia organizaram uma Assembleia Geral do CFM, no auditório do EFI, na continuidade da luta pelo espaço físico. A assembleia reuniu mais de 110 pessoas que discutiram sobre a articulação do movimento estudantil em relação às condições estruturais precárias do CFM, a realocação dos Centros acadêmicos e cursos para os blocos modelados, a falta de segurança no centro, entre outras questões levantadas. Os estudantes do curso de Artes Cênicas, que fizeram essa semana atos na Reitoria, também compareceram e contribuíram com a discussão no espaço.
O UFSC à Esquerda tem acompanhado as discussões e entrevistado integrantes do Centro Acadêmico Livre de Física (CALF) e do Centro Acadêmico de Oceanografia (CAO) sobre as condições precárias do Labirinto, parte central do CFM, e compartilharam como vem sendo construída a luta por uma reforma desse espaço. Já há na Universidade um Grupo de Trabalho para demolição do Labirinto. Em maio do ano passado, TAEs que se encontravam em greve por melhores condições de trabalho denunciaram também a degradação da infraestrutura da UFSC, com destaque para o CFM. Os trabalhadores realizaram registros detalhados, em imagens e por escrito, que podem ser conferidos em matéria em nosso jornal.
Foi deliberada uma Comissão na assembleia passada responsável por trazer propostas de atividades de mobilização com base na última discussão da assembleia da semana passada. Hoje, serão discutidas e avaliadas as propostas de lutas.
Conversamos com uma estudante do curso de física, que contou um pouco de suas impressões e discussões que tem feito com seus colegas no curso. Ela aponta que a precarização das estruturas físicas não é uma pauta exclusiva do CFM, mas que afetam também outros centros do campus, assim como a luta pelas condições dignas de espaço físico e estudo é também uma luta de servidores e técnicos da UFSC.
“Nós do CFM sofremos com a falta de investimento e manutenção da infraestrutura dos nossos espaços que, inclusive, não são utilizados apenas por nós estudantes do CFM, mas por de outros cursos e centros, tanto como servidores e terceirizados. O Curso de Artes Cênicas também se mobilizou nesta última semana, realizando aulas-ação na Reitoria I, por conta de, desde o início do semestre, o Bloco D do CCE estar sem água! O que acomete a realização das aulas etc… Além disso, o CCE também está com problemas de infraestrutura, como pudemos ver quando uma lâmpada caiu sobre um@ estudante. O desenvolvimento das ideias de ações (pauta da próxima assembleia) e mobilizações são pertinentes não só a nós do CFM- e também, incluo aqui as Artes Cênicas – mas a toda universidade em si, pois a falta de investimento e manutenção de partes da universidade afeta toda a comunidade, só para citar um exemplo, a falta de iluminação e segurança onde se localizam os departamentos do CFM não afetam apenas quem sai da aula nesses departamentos às 22h, mas também todos que precisam atravessar esse caminho.”
O jornal tem buscado contribuir e fazer a circulação das discussões. Para quem quiser, pode enviar seu relato para nós através do nosso e-mail [email protected] ou entre em contato com a gente em nossas redes sociais!
