[Notícia] Estudantes de Geologia continuam sem resolução para as saídas de campo do curso

Foto: Estudantes da Geologia reunidos em assembleia no dia 07/11, por UFSC à Esquerda

Ana Zandoná – Redação UàE – 08/11/2018

Em Abril deste ano os estudantes de Geologia realizaram uma mobilização em função das dificuldades relacionadas às saídas de campo dos estudantes do curso, que estavam sendo canceladas em cima da hora e estavam afetando matérias com papel importante na estrutura curricular destes. Naquele momento a Reitoria havia se comprometido a realizar uma reunião com os estudantes e os setores envolvidos na realização da atividade duas semanas após a mobilização.

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Entretanto, os estudantes aguardam até hoje pela reunião. Desde a abertura do curso, não só as saídas de campo, como o quadro de professores conta com um número reduzido.

Outra questão é que mesmo com a entrega no ano passado dos laboratórios para realização de análises geológicas, ainda faltam materiais para que o uso adequado dos laboratórios possa ser realizado. A maioria dos equipamentos a que se têm acesso, advém de projetos externos. Ainda assim, no último dia 30 de Outubro foi aprovado no conselho universitário a criação de um departamento próprio para a Geologia, que se separou do departamento de Geociências.

Ontem, dia 07/11, diante de um novo cancelamento de uma saída de campo, dois dias antes da data agendada, o Centro Acadêmico convocou uma assembleia para debater sobre a situação. Confira abaixo parte do relato* de estudante do curso sobre a situação atual das saídas de campo:

“Desde a criação do curso não há regulamentação das nossas aulas de campo dentro da UFSC. Elas são tratadas como iguais e competem como iguais a saídas técnicas por exemplo da Engenharia Civil. Temos a obrigação por lei de cumprir 720 horas de campo obrigatórias para formação de geólogo. Só que ninguém nunca cumpriu isso, atualmente o currículo fecha as horas na estica com as aulas de campo das optativas. Até 2016 a maioria dos campos eram realizados por empresas terceirizadas e não tinha problema. Nesse ano acabou o contrato e não houve mais edital passando o serviço de transporte todo para o setor de transporte que atualmente conta com cerca de 7 motoristas. Desde 2016 os campos de optativas foram todos cortados e algumas matérias dessas não são mais ofertadas porque só funcionam com o campo. Chegaram a ter cancelamentos a dois dias do campo, como a disciplina mais importante do curso, mapeamento geológico, que conta com dez dias de campo e que em 2017 e 2018 foram cancelados, mas rapidamente transferidos devido a movimentação estudantil e dos professores. Desse ano pra cá temos enfrentado grandes problemas por que o setor de transporte parece ser um órgão autônomo e mesmo que a reitoria aprove a saída não é certeza que ele aconteça. O professor tem que ligar várias vezes para confirmar com o setor de transporte e muitas vezes só pode ter absoluta certeza 2 dias antes. Agora aconteceu a mesma coisa com outra disciplina importante que é Ambientes de sedimentação (com saída de duração de 4 dias) e isso levou a movimentação dos alunos da Geologia no dia 07/11, quando pela manhã a professora nos informou do cancelamento do campo que estava marcado do dia 9 a 12 de novembro. Foi feito uma denuncia ao MP pedindo esclarecimentos Estamos no aguardo até amanhã* pela resolução da reitoria. Não suportamos mais essa situação e percebemos que a reitoria só se preocupa em resolver o problema na iminência de uma movimentação estudantil tentando só transferir o campo para outra data e não resolvendo a situação.”

*Relato realizado no dia 07/11

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