Clara Fernandez – Redação UàE – 30/10/2019
Em matéria veiculada na noite de ontem no Jornal Nacional, veio à tona que o Presidente Jair Bolsonaro foi citado na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco. A citação se deve ao fato de que o assassino Élcio de Queiroz esteve no condomínio onde o Presidente reside, o vivendas da barra, no dia 14 de Março de 2018, dia do assassinato, alegando que visitaria Bolsonaro. A citação é fruto do depoimento do porteiro do condomínio, que afirma que Élcio pediu para visitar Bolsonaro no número 58, embora tenha se dirigido à casa de Roni Lessa, no número 66, e que ao entrar em contato com a residência de Bolsonaro, uma voz que reconheceu como a de “seu Jair”, alegou saber para onde Élcio estava se dirigindo. Também consta nos registros do condomínio a visita de Élcio associada à casa 58 naquele dia. Entretanto, segundo os registros da Câmara, consta que Bolsonaro, ainda Deputado, estava em Brasília naquela data.
Com estas informações, o caso pode ir parar no Supremo Tribunal Federal (STF), visto que o presidente possui foro privilegiado.
Em live na mesma noite, feita da Arábia Saudita, Bolsonaro se exaltou fazendo acusações de que a Globo queria derrubá-lo ou a um de seus filhos, que não o estavam deixando governar e dando indiretas quanto à concessão da rede televisiva, além de acusar o governador Wilson Witzel de vazar as informações.
Em nota, a presidência do PSOL, afirma que as informações divulgadas são muito graves e que precisam ser esclarecidas , visto que deixam o país em dúvida acerca da relação do presidente com um assassinato.